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Publicado em 6/06/2012 as 12:00am

Brasileira inspira criação Dream Act

O projeto foi elaborado e introduzido no Congresso, em 2001, motivado pela história de Tereza Lee

da redação Apesar do projeto de uma ampla reforma nas leis de imigração dos Estados Unidos e o "Dream Act" estar estagnado e dar indícios de que as autoridades não irão mexer no assunto, pelo menos neste ano, muitas manifestações acontecem em todo o país para mudar a opinião dos legisladores. Nestas manifestações, os brasileiros tem se destacado devido a força e garra com que lutam em prol da legalização. Principal quando o assunto é o "Dream Act", que abre caminho para que estudantes indocumentados possam dar seguimento nos estudos e cursar uma faculdade com diploma reconhecido no país e ter uma ajuda de custo do Governo. Entre os nomes que mais despontam na luta pelo "Dream Act" está Felipe Matos, Polyana Oliveira e Tereza Lee. Destes, o terceiro nome tem uma atenção especial, pois foi ela quem inspirou o senador Dick Durbin, de Illinois, a escrever o projeto e tentar introduzi-lo, em 2001. Tereza nasceu em São Paulo, seus pais são de origem coreana, e viveu no Brasil até os dois anos de idade, quando sua família mudou-se para Chicago. Ela tornou-se uma pianista de muito talento e foi aceita em algumas das principais escolas de música dos Estados Unidos. Mas pelo fato de estar vivendo ilegalmente no país, ela não conseguia ser aprovada para receber ajuda financeira do governo. Um dos seus professores de música decidiu tomar uma posição para ajudá-la e ligou para o senador e logo o "Dream Act" nasceu. A brasileira foi ouvida em uma audiência, antes do projeto seguir adiante. Para sua sorte, ela conseguiu matricular-seem uma escola de música em Manhattan, New York, onde atualmente cursa doutorado. Atualmentre, com 29 anos de idade, a brasileira casou-se e conseguiu legalizar-se no país, mas ainda é o nome que inspirou o "Dream Act", que visa legalizar os estudantes indocumentados que vivem no país. A história de Tereza se assemelha a de muitos imigrantes e os seus pais se mudaram da Coréia para o Brasil porque perderam tudo (casas, terrenos, pertences) durante a Guerra da Coréia e lutas posteriores. Eles faziam parte de uma onda massiva de coreanos que saíram do país em direção ao continente americano. Tereza lembra que seus pais fixaram residência em São Paulo, onde ela nasceu, e iniciaram um pequeno estabelecimento de confecções. Mesmo obtendo um sucesso nos negócios, eles decidiram mudar para os Estados Unidos. "Minha mãe vendeu um anel de casamentos para custear as despesas do visto e das passagens", fala. Apesar de ter se legalizado, ela jamais abandonou o sonho de ver o "Dream Act" aprovado. Para isso sempre mantém contato com estudantes indocumentados que buscam seguir seus estudos e se tornou voluntária em seminários e palestras sobre o assunto. Tereza acredita que o "Dream Act" tem grandes chances de ser aprovado, pois tanto os deputados quanto os senadores sabem desta importância. "Não sou especialista em política, mas sei que a próxima eleição será muito significativa para o projeto", fala acrescentando que não acontecerá antes do período eleitoral. Para os estudantes que sonham em se legalizar e seguir os estudos, Tereza deixa um conselho: "Sejam otimistas e continuem acreditando que os sonhos serão realizados". (texto: Luciano Sodré)

Fonte: Brazilian Times

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