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Publicado em 10/08/2012 as 12:00am

Preconceito de brasileiros "prende" família de Filipe em casa

A campanha em prol do pequeno Filipe Wolf, que luta contra uma doença rara, nas últimas semanas tornou-se alvo da mediocridade e preconceito de algumas pessoas na comunidade brasileira em Massachusetts. Há algumas semanas aconteceram agressões verbais sob

Luciano Sodré

A campanha em prol do pequeno Filipe Wolf, que luta contra uma doença rara, nas últimas semanas tornou-se alvo da mediocridade e preconceito de algumas pessoas na comunidade brasileira em Massachusetts. Há algumas semanas aconteceram agressões verbais sobre campanha, mas segundo o pai do menino, Guilherme Ribeiro Wolf, a pessoa que fez a agressão, o procurou e pediu desculpas.

Ao entrar em contato com Guilherme, a pessoa disse que não deseja mal a ninguém, e que apenas foi infeliz ao proferir acusações sem conhecer a história. "Fico feliz em pode ter esclarecido este desentendimento, mas mesmo assim estamos sofrendo com o preconceito de algumas pessoas", fala.

Outro ataque sofrido na semana passada foi os comentários e as dúvidas que um grupo colocou sobre a doença de Filipe. O menino foi encontrado no parque aquático chamado Water Wizz, na cidade de Wareham. Os comentários preconceituosos causaram uma grande tristeza na família, que já é obrigada a enfrentar a situação do menino.

Márcia Previatti explica a situação, que na sua opinião foi constrangedora, não apenas para a família, "mas para todos que acreditam na solidariedade e torcem para a recuperação de Filipe. Ela conta que convidou a família do menino para aproveitar um dia de sol com clima em torno de 95ºF. "Eles hesitaram, mas acabaram aceitando diante de nossa insistência", fala ressaltando que todo o custo foi arcado por ela e seu marido.

Ela conta que quando eles estavam brincando no parque, uma brasileira residente na cidade de Somerville, abordou o grupo e "cruelmente criticou os pais do garoto", afirmando que eles estavam se divertindo com dinheiro arrecadado na campanha. "Volto a repetir, todas as despesas foram pagas por mim e meu marido, caso contrário eles nem sairiam de casa, pois não tinha dinheiro para irem conosco", afirma.

Outro ponto que deixou o grupo entristecido foi o fato desta pessoa defender, nas entrelinhas, que um doente deve ficar trancado em quatro paredes, sem direito à diversão. "Todos sabemos que é comprovado cientificamente que alegria e entretenimento ajuda no tratamento de diversas doenças", acrescenta.

Os pais, Guilherme e Evelyn, saíram do local arrasados ainda mais, pois o que estavam tentando era apenas dar momentos de alegria para o seu filho. Os dois estão com receio até de ir ao supermercado por temer que este tipo de preconceito os machuque ainda mais. "Peço que as pessoas não julguem de forma precipitada, pois eles não precisam apenas de dinheiro. A família necessita de nosso carinho, amizade e solidariedade, para conseguir vencer este momento difícil e continuar sonhando em ter o menino vivo entre eles", conclui.

Fonte: Brazilian Times

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