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Publicado em 23/11/2012 as 12:00am

Documentário filmado em MA é exibido no Acre

Anne Makepeace e Alan Baker apresentaram ontem o filme "Ainda Estamos Aqui" no Festival Pachamama

da redação

Anne Makepeace e Alan Baker apresentaram ontem o filme "Ainda Estamos Aqui" no Festival Pachamama

Em meados da última década, importantes cineastas visitaram uma aldeia indígena esquecida pelos "homens brancos" para documentar o ousado e inédito processo de recuperação da língua nativa há muito tempo esquecida pelos membros do povo.

A história deste feito cinematográfico caberia, perfeitamente, na realidade amazônica, inclusive no Acre, onde, no mesmo período, algumas etnias revitalizaram seus dialetos, falados apenas pelos mais velhos – ação também documentada, muitas vezes, pelos próprios moradores das aldeias. Mas o caso aconteceu a sete mil quilômetros da Amazônia, mais especificamente nos Estados Unidos, Sudeste de Massachusetts.

Mas o que isso tem a ver com o Acre? Se a semelhança entre os dois fatos não foi suficiente para responder, aí vai um bom motivo para se estabelecer uma relação mais que evidente: o resultado das filmagens com os índios Wampanoag foi exibido em terras acreanas – ou florestas, como preferirem. E com um detalhe a mais: Anne Makepeace e Alan Baker, diretora e codiretor do documentário, respectivamente, fizeram questão de estarem presentes na exibição do filme, intitulado "Ainda Estamos Aqui" (We Still Live Here, no original, e Âs Nutayuneân, na língua Wampanoag).

O trabalho, lançado em 2010 nos EUA, fez parte da programação da terceira edição do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira, que começou na última segunda-feira (19), em Rio Branco. Com exibições no Cine Teatro Recreio, no Calçadão da Gameleira, e nos bairros da cidade, o evento reúne, principalmente, produções independentes do Brasil e dos demais países da América Latina – o documentário norte-americano, neste caso, foi uma rara e feliz exceção.

Com pouco mais de 80 minutos de duração, "Ainda Estamos Aqui" mostra o trabalho de Jessie Little Doe na aldeia dos Wampanoag. Foi ela a principal responsável pelo ensino da língua nativa aos descendentes do povo. Segundo os registros, esta foi a primeira vez em que um dialeto sem falantes foi ressuscitada nos EUA.

"Um dos nossos maiores desafios foi convencer Jessie a ser a personagem principal do filme. O bom é que no final deu tudo certo não só com ela, mas com todo o povo, pois uma das nossas preocupações era ganhar a confiança dos Wampanoag e permanecermos na aldeia sem as dificuldades impostas pela diferença cultural. A receptividade foi maravilhosa", explica a diretora do filme.(fonte: pagina20.net)

Fonte: Brazilian Times

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