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Publicado em 7/12/2012 as 12:00am

Mandato dos Conselheiros do CRBE termina

Governo brasileiro não realiza eleições e entidade fica sem membros

Governo brasileiro não realiza eleições e entidade fica sem membros

da redação

Por lei e segundo o próprio estatuto, os membros do Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior não respondem mais pela entidade. Isso porque o mandato de dois anos terminou no dia 24 de novembro e portanto não existe mais o título de Conselheiro, mesmo alguns ainda o usando.

A questão é que o CRBE passou por dois anos de brigas internas, denúncias e ameaças de ser colocado em uma "geladeira" pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). E foi justamente isso que aconteceu, pois venceu o mandato dos que estavam nos cargos e nenhuma posição foi tomada para eleger novos conselheiros.

O Itamaraty informou que a criação do CRBE e seu período de atividade "foram fundamentais para o processo de consolidação do diálogo com os brasileiros que moram no exterior, bem como para formular políticas públicas para a diáspora brasileira".

O que o Itamaraty prevê é que em 2013 haverá um processo de reflexão em busca de aperfeiçoar o segundo mandato. Mas não deixou claro se realmente haverá uma segunda eleição e se o CRBE permanecerá atuando. A avaliação da entidade será feita pelas Embaixadas e Consulados, até março de 2013, e ainda no final do primeiro trimestre serão realizadas as eleições para escolher os novos membros.

Nos Estados Unidos, quatro brasileiros eram os Conselheiros: Fausto Rocha (de Massachusetts), Silair Almeida (Flórida), Ester Sanchez-Naek (Connecticut) e Ronney Roger Oliveira (Flórida). Eles protagonizaram um mandato envolto em muitos problemas e acusações. Mas estas intrigas não aconteceram apenas neste país. Na Europa e Ásia, os titulares e suplentes também perderam grande parte do tempo com brigas ao invés de criarem projetos para a comunidade.

Mesmo o Itamaraty afirmando que haverá novas eleições, alguns acreditam que o CRBE está com os dias contados e as opiniões tanto dos titulares, quanto dos suplentes se divergem.

Para que o CRBE desse certo, o Governo programou reuniões a cada seis meses com os conselheiros. Mas isso não foi feito e a entidade foi colocada de lado pelo Governo Brasileiro, sem que nenhuma explicação fosse dada para a comunidade. Para muitos isso foi um descaso da presidente Dilma Rouseff que não deu seguimento ao trabalho do ex Lula, criador da entidade. Tanto é, que em um discurso feito em Massachusetts, ela afirmou que o brasileiro que mora no exterior não está entre as suas prioridade.

Outro ponto que mostra que os Conselheiros foram colocados de lado é a decisão do Itamaraty em determinar que as Embaixadas e Consulados avaliem o CRBE. Mas o que não entende é o porquê não foi citado se os titulares participarão destas reuniões de avaliação.

Enquanto os Conselheiros defendem que a extinção do CRBE seria um retrocesso, uma grande parcela da comunidade afirma que a existência ou não da entidade não tem influenciado em nada no futuro dos brasileiros. Mas em um ponto os titulares concordam: Faltou união e mais entrosamento entres os membros.

Fonte: Brazilian Times

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