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Publicado em 15/12/2012 as 12:00am

Norte-americano perde direitos de ser pai de brasileiro

Ele enfrentava acusação de abusar sexualmente do filho e o esperma encontrado no pijama do garoto era dele

Ele enfrentava acusação de abusar sexualmente do filho e o esperma encontrado no pijama do garoto era dele Uma brasileira, mãe de um menino de oito anos de idade, que supostamente foi abusado sexual pelo seu pai, conseguiu a guarda legal e física exclusiva da criança. Isso aconteceu depois que o juiz Robert Scandurra determinou suspender os direitos do pai, um norte-americano. A decisão aconteceu depois de um processo de mais de 11 páginas. Para tomar esta decisão, o juiz disse que baseou-se no resultado do exame de DND, o qual provou que o sêmen encontrado no pijama da criança coincidiu com o do pai. Mesmo tirando os direitos paternos, o magistrado deixou aberta a possibilidade do norte-americano tentar recuperar o direito à visitas supervisionadas ou não com filho. Durante quatro anos, o juiz havia permitido visitas do pai ao filho, apesar das preocupações e denúncias por parte da mãe de que estava acontecendo algo errado. Scandura suspendeu estas visitas em outubro de 2010, após os resultados apontarem que os espermas foram encontrados na roupa do menino. Até então não havia provas de que o sêmen era do pai. O juiz disse em sua decisão que "não há nenhuma explicação credível para o sêmen no pijama da criança e isso suporta a acusação de que ela foi abusada sexualmente pelo pai". Os nomes dos pais e do menino foram preservados para evitar constrangimentos na escola e com a vizinhança onde mora, em Barnstable, região de Cape Cod, em Massachusetts. Mas a mãe e o garoto são brasileiros. VISITAS NO FUTURO Em sua decisão, o juiz deixou aberto a possibilidade de contatos futuros entre o pai e o filho, mas isso somente depois de uma avaliação psicológica e haver passos progressivos por parte do norte-americano, inclusive passando por terapia familiar. Dentro desta terapia, o pai terá que pedir desculpas ao filho por qualquer sofrimento que tenha lhe causado e prometer jamais machucá-lo novamente. Essa imposição estava na decisão apresentada pelo juiz, o qual ainda ressaltou que o acusado não precisa admitir o abuso, mas "tem que pedir desculpas". Caso ele consiga, no futuro, o direito de ver o filho novamente, a criança deverá ter o seu próprio quarto e os dois não poderão dormir juntos. "Neste processo, a mãe jamais mencionou sobre custódia e sim lutava para manter o menino em segurança", disse o juiz. A brasileira disse que sente muito porque sabe que outras famílias estão passando pelos mesmo problemas e não tem a opção de fazer um DNA para convencer a Justiça. "No meu caso, graças a Deus havia sêmen no pijama dele para provarmos que estava havendo abuso sexual", disse ela. Em uma conversa, exclusiva com o Brazilian Times, ela disse que está apavorada ao pensar na possibilidade de que o pai terá a chance de tentar reaver os direitos de ser pai do menino."Com esta brecha dada pelo juiz, sinto muito medo, pois a qualquer momento podemos voltar a viver este inferno novamente", disse ela. A brasileira acrescenta que não sente ódio do ex-marido, mas do que ele fez com o próprio filho. "Eu jamais lutei para impedir ele de ser pai, e sim para defender o meu menino", fala salientando que a única coisa que a manteve firme e decidida neste processo foi o pedido de socorro da própria criança. "Um dia ele chegou com um rosto assustado e me contou o que estava havendo e me pediu socorro", lembra emocionado O ENCONTRO A brasileira conta que conheceu o norte-americano em 2003, quando esteve nos Estados Unidos, como atleta. Eles tiveram um caso e ela acabou engravidando. Ao retornar para o Brasil, comunicou o pai da criança sobre o que aconteceu. Em janeiro de 2005, ele visitou o filho, que nasceu na cidade de Contagem, em Minas Gerais. Depois da visita, eles se casaram e ela mudou-se para os Estados Unidos, no ano de 2006. "No início eu percebi que algo estava errado, mas como não tinha provas, não investiguei o assunto", fala ressaltando que em 2007 encontrou o seu filho com sinal de agressão no rosto, deitado na cama do casal. Além desta suspeita, em 2009 ela denunciou o norte-americano acusando-o de tentativa de homicídio. "Nós ficamos casados apenas dois meses, pois eu não conhecia este lado dele e isso me assustava muito", explica. Após a separação, ela comunicou, à uma agência especializa, sobre a suspeita de abuso sexual e foi à Justiça em busca de ajuda. Mas um juiz, na época ordenou que ela continuasse permitindo que o pai pudesse ver o filho em datas pré-determinadas. "Era nestas visitas que o meu filo era abusado", se emociona ao lembrar. "No começo eu sofri muito, pois não falava muito bem o inglês e um juiz da cidade de Barnstable, Robert Scandurra, não acreditava em mim", acrescenta. "Hoje ele viu que estava falando a verdade", conclui feliz com a decisão.

Fonte: Brazilian Times

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