Publicado em 16/01/2013 as 12:00am
Congressistas querem investigar produto usado em salões brasileiros
O deputado por Massachusetts, Ed Markey, está incitando a Food and Drug Administration para investigar rigorosamente alguns salões de beleza brasileiros em Massachusetts. Segundo ele, os estabelecimentos usam um produto para alisar os cabelos, o qual pode
O deputado por Massachusetts, Ed Markey, está incitando a Food and Drug Administration para investigar rigorosamente alguns salões de beleza brasileiros em Massachusetts. Segundo ele, os estabelecimentos usam um produto para alisar os cabelos, o qual pode causar câncer.
O deputado ressaltou que em 2011 o FDA promoveu uma investigação fraca e infrutífera e que agora ele exige maior rigor na fiscalização. "Precisos impedir a presença de produtos químicos perigosos que possam prejudicar os consumidores", disse.
Segundo o FDA, o tipo de alisamento usado tem produtos que contém glicol de metileno, uma forma líquida de formaldeído, que segundo especialistas se transforma em um gás seco e pode causar a doença.
Markey, juntamente com outros dois congressistas criticaram a inércia do FDA em investigar a existência e uso destes produtos nos salões de beleza que se utilizam do jeito brasileiro de alisar cabelo, conhecido como Brazilian Blowout.
Apesar de especialistas alertarem que o Brazilian Blowout e outros tratamentos a base de queratina são nocivos à saúde, os produtos continuam sendo utlizados e sem muita fiscalização. Foi o que afirmou o deputado.
Ele citou salões em Sudbury, Natick, Framingham, Franklin, Southborough, Milford, Ashland e Shrewsbury utilizam estes produtos, "de acordo com um site de fornecedores".
Os riscos do Brazilian Blowout foram expostos pela primeira vez em 2010, quando cabeleireiros em Oregon relataram riscos para a saúde do uso do produto.
A FDA, em 2011, enviou uma carta de advertência para GIB LLC, os fabricantes dos produtos, advertindo quando a comercialização de um produto nocivo à saúde. Em janeiro, o procurador-geral da Califórnia estabeleceu um processo de ação coletiva com GIB LLC, forçando-o a parar de publicidade enganosa.
Mas uma nova carta, que tem como co-autores os deputados Jan Schakowsky, D-Illinois, e Earl Blumenauer, D-Oregon, pede mais ação, exigindo respostas a sete perguntas sobre a ação do FDA desde a sua carta de 2011.
Os congressistas querem saber se os proprietários foram obrigados a alterar rótulos ou parar de vender os produtos.
Os congressistas também pediram que a FDA tem feito para investigar outros alisamento com produtos que também contêm formaldeído e questionou a liberdade das pessoas em comprar os produtos e usá-los em casa.
O tratamento de alisamento dura entre duas e três horas e custa entre US$ 200 e US$ 300.
Fonte: Brazilian Times