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Publicado em 27/02/2013 as 12:00am

Os brasileiros ão destaques por trás das câmeras de Hollywood

Várias cenas de Dezesseis Luas, longa-metragem que entra em cartaz no Brasil em 1º de março, ganham vida graças à mágica trazida pelos efeitos visuais. E nesse filme, há os dedinhos de uma brasileira por trás de alguns desses efeitos: Melissa Quintas.

da redação

Várias cenas de Dezesseis Luas, longa-metragem que entra em cartaz no Brasil em 1º de março, ganham vida graças à mágica trazida pelos efeitos visuais. E nesse filme, há os dedinhos de uma brasileira por trás de alguns desses efeitos: Melissa Quintas.

As mãos que modelaram os bonecos usados para dar vida às criaturas que serão vistas em Círculo de Fogo, produção com estreia no Brasil em 9 de agosto, são também de um brasileiro: Krishnamurti Costa.

Em séries de TV como New Girl, Touch e Revenge, antes de as peças do figurino irem para o set, passaram pelas mãos do brasileiro Gilberto Mello. Como Melissa, Costa e Mello, há centenas de brasileiros tentando construir carreira por trás das câmeras hollywoodianas, seja na TV ou no Cinema.

Costa, por exemplo, já modelou bonecos físicos e digitais, e fez a animação de personagens em filmes como: The Avengers – Os Vingadores, Cowboys & Aliens, Super 8, Rango, Transformers: A Vingança dos Derrotados, A Volta do Todo Poderoso e O Labirinto do Fauno.

TALENTO , COMPETÊNCIA E SORTE

Em 2012, Melissa formou-se em Computação Gráfica por uma universidade de Los Angeles e, neste ano, já conseguiu quatro grandes trabalhos: além de compositora digital em Dezesseis Luas e em Motel (um thriller com Robert De Niro, sem previsão de estreia no Brasil), ela também exerceu a função de Roto Artist em Caça aos Gângsteres e Invocação do Mal (com estreia prevista para 13 de setembro no Brasil).

"Na faculdade, criamos um ‘Demo Reel’, vídeo curto onde se encontram nossos trabalhos mais fortes. Logo que me formei, mandei meu currículo e o Demo Reel para diversas empresas, tive algumas respostas. Assim, consegui meu primeiro trabalho aqui", explica Melissa.

Como ela, a cineasta Gabriela Egito também resolveu se mudar para Los Angeles e investir em uma carreira lá fora. "Em 2010, me decidi por um workshop intensivo e prático de 2 meses. Escrevi e dirigi um curta por semana e ainda trabalhei nos dos meus colegas. Ao todo, foram 15 curtas em oito semanas. Jamais eu teria essa experiência no Brasil nesse curtíssimo espaço de tempo", comenta Gabriela.

Os dois meses iniciais já estão se tornando quase três anos. Depois de terminar seus curtas, ela mostrou o trabalho para a direção da escola, e eles gostaram tanto que concederam-lhe uma bolsa de curso intensivo por um ano, por mérito artístico.

Hoje, Gabriela já tem no currículo quatro prêmios, por seus curtas Stuffed e Synergy, selecionados para festivais internacionais. "A concorrência é absurda. Estima-se que um em cada seis habitantes nesta cidade esteja ligado à indústria de entretenimento. Tudo aqui demanda mais esforço da gente, para provar talento e competência", confessa Gabriela.

ELES TAMBÉM ESTÃO NA TV

Gilberto Mello foi assistente de figurino em 18 séries, sendo a mais recente delas Ben & Kate. Além disso, ele também cuidou do figurino de filmes para a TV. Em setembro, seu trabalho nos bastidores ajudará a vestir o elenco de Círculo de Fogo, mesmo longa em que o brasileiro Krishnamurti trabalhou.

Porém, Mello não é o único brasileiro a somar na produção da televisão norte-americana: há outros como Karla Carnewall. Ela já trabalhou como assistente de produção para diversas séries: Grey’s Anatomy, Shameless, Californication, Mad Men, Heroes e Southland.

COMEÇAR DE BAIXO, MAS DE OLHO NO TOPO

O diretor de fotografia Alexandre Naufel é um exemplo a ser seguido quando o assunto é consolidar uma carreira no exterior. Hoje cidadão norte-americano, o brasileiro vive nos Estados Unidos desde 1989.

Os primeiros trabalhos nas produções cinematográficas foram como assistente de iluminação, um início de carreira modesto, mas muito sortudo. A segunda produção em que trabalhou foi o primeiro filme de ninguém menos que Ang Lee (A Arte de Viver, de 1992). "O set é um lugar muito democrático. Se você consegue ter uma ética de trabalho boa, alguém vai te ajudar e você vai conquistando seu espaço. A primeira entrada é mais difícil", comenta Naufel.

Os degraus seguintes da carreira do diretor foram galgados aqui e ali, ora como câmera ou assistente de iluminação de alguma grande produção, ora como diretor de fotografia em filmes indie ou independentes. "Eu trabalhava um pouco aqui e um pouco lá, até entender o que eu realmente queria fazer, que era virar diretor de fotografia", conta Naufel.

Na função atual, ele tem no currículo 24 títulos, entre curtas, longas e documentários. Entre esses trabalhos, cita o filme A Marine Story e o documentário Sand and Sorrow.

Alexandre Naufel está em produção constante. Sejam comerciais, documentários, clipes musicais ou filmes, sua atuação por trás das câmeras é eclética e rica. Ele enfatiza a importância de trabalhar nas grandes produções, onde o trabalho é mais visado, além de serem oportunidades essenciais para se ter noção do mercado e adquirir contatos. "O mais difícil é subir, é pular o próximo degrau", enfatiza.

Fonte: Brazilian Times

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