Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 2/04/2013 as 12:00am

EUA quer cancelar cidadania de brasileira acusada de matar o marido

Cláudia Hoerig é suspeita de ter matado a tiros o piloto veterano da Aeronáutica Karl Hoerig, em Newton Falls, Ohio

Cláudia Hoerig é suspeita de ter matado a tiros o piloto veterano da Aeronáutica Karl Hoerig, em Newton Falls, Ohio

da redação

Em março desse ano, os congressistas Tim Ryan (D-13th) e Bill Johnson (R-6th), além de 4 colegas, enviaram uma carta ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mauro Vieira, solicitando informações que possam possibilitar o cancelamento da cidadania de Cláudia Hoerig, acusada de matar o marido, Karl Hoerig, em 2007. Após 6 anos de disputa, o governo brasileiro tem se recusado a extraditar Cláudia, para que ela seja julgada nos Estados Unidos. O Brasil não extradita os seus cidadãos.

Em agosto do ano passado, o ministro da Justiça do Brasil informou Cláudia que, caso ela não apresentasse defesa em 30 dias, que ela correria o risco de perder a cidadania, segundo carta. Em 10 de junho de 2009, Tim e John A. Boccieri (OH-16) anunciaram a aprovação de uma emenda do Ato de Autorização das Relações Exteriores que exige justiça no caso envolvendo o assassinato do major reservista da Força Aérea dos EUA, Karl Hoerig. A emenda expressa o interesse do Congresso em "que o Governo norte-americano deve, como prioridade, trabalhar com os promotores públicos no estado de Ohio e facilitar a cooperação com o Governo do Brasil tendo como meta alcançar justiça nesse caso trágico".

Há aproximadamente 6 anos, as autoridades norte-americanas tentam a extradição de Cláudia C. Hoerig; suspeita de ter matado o marido a tiros e fugido para o Brasil. "Estamos trabalhando duro em Washington – DC para garantir a justiça que a família do Major Hoerig tanto merece", comentou Ryan na época. "É imperativo que levemos esse caso até o fim e que a Sra. Hoerig (Cláudia) seja julgada".

"O Karl era meu amigo e, por isso, não ficarei parado e nem deixarei que esse caso continue sem solução", acrescentou Boccieri. "Estamos trabalhando para atualizar o tratado de extradição que o Brasil possui com os Estados Unidos para que finalmente possamos trazer Cláudia à justiça e proporcionar à família Hoerig o desfecho do caso que ela tanto merece".

Nos últimos anos, Ryan tem lutado para que a brasileira seja levada à justiça. Cláudia é suspeita de ter matado o próprio marido com três tiros e fugido para o Brasil no mesmo dia do crime. Desde então, o congressista tem mantido contato com o Departamento de Estado dos EUA, O Departamento de Justiça, o embaixador do Brasil nos EUA e o ministro brasileiro das Relações Exteriores.

Boccieri e Karl serviram juntos na Força Aérea até 2000 e ambos pilotaram aeronaves C-130 para a 910 Airlift Wing em Youngstown (OH). Em 2009, Ryan e Boccieri enviaram uma carta à Secretária de Estado Hillary Clinton pedindo-lhe assistência imediata na obtenção da extradição de Cláudia, que desapareceu desde o assassinato do marido.

Em 10 de março de 2007, Cláudia comprou uma pistola Smith & Wesson calibre 0.357 e passou o resto do dia na academia de treinamento Warren Shooting Range. Em 12 de março do mesmo ano, suspeita-se que ela tenha atirado três vezes em seu marido no interior da residência do casal, em Newton Falls, Ohio. Após o crime, ela viajou para o Brasil, onde está desde então. A brasileira naturalizou-se norte-americana em 28 de setembro de 1999.

"Apesar do acordo de extradição entre os Estados Unidos e Brasil (17 de dezembro de 1964), emendas posteriores na constituição proíbem a extradição de cidadãos brasileiros, portanto, impedindo legalmente Cláudia C. Hoerig de ser extraditada aos Estados Unidos", detalharam Ryan e Boccieri. Entretanto, ambos argumentam que "caso criminosos brasileiros busquem refúgio nos Estados Unidos, eles serão extraditados ao Brasil baseados na justiça. Os Estados Unidos e Brasil deveriam reconhecer e manter um acordo de extradição de igual reciprocidade que permite que ambos exercitem a justiça".

Fonte: Brazilian Times

Top News