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Publicado em 26/04/2013 as 12:00am

Brasileiros têm 1.400 bolsas para fazer doutorado nos Estados Unidos

O próximo empreendimento é criar uma incubadora em Boston, nos Estados Unidos, para aproveitar os bolsistas do Ciência sem Fronteiras

da redação

 Brasileiros formados no ensino superior que tenham inglês fluente e estejam interessados em fazer curso de doutorado nos Estados Unidos podem se inscrever até o dia 30 de setembro e disputar uma vaga. Os aprovados terão as despesas pagas pela bolsa de estudo do programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. A expectativa é de que 1.400 brasileiros sejam contemplados até 2015, cem já foram aceitos.

Diferente do Brasil, nos Estados Unidos não é necessário fazer mestrado para ingressar no doutorado. Porém, é preciso cumprir uma série de requisitos, entre eles ter testes de proficiência em inglês, na área de conhecimento a ser pesquisada e cartas de recomendação de professores. O programa atende estudantes que tenham interesse nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Para ajudar no processo de candidatura às vagas, os brasileiros podem contar com uma organização sem fins lucrativos chamada Laspau (o nome em inglês é Academic and Professional Programs for the Americas) que atende os países da América Latina e tem sede nos Estados Unidos. Filiada à Universidade Harvard, a Laspau administra as bolsas de estudo de doutorado para o programa Ciência sem Fronteiras e tem como uma das frentes de trabalho apoiar os candidatos e orientá-los em todo o processo de seleção aumentando as chances de admissão.

 "O aluno pode ter excelentes notas, mas não atender o perfil de determinada universidade. É preciso alinhar os interesses. A função da Laspau é saber identificar isso, além de, por exemplo, dar dicas para melhorar as cartas de recomendação para que o candidato tenha uma aplicação exitosa", diz a venezuelana Angélica Natera, diretora-adjunta da Laspau.

Segundo Angélica, um dos problemas dos estudantes brasileiros é a autoexclusão. "A principal barreira está na mente, temos de romper este preconceito de que é inatingível fazer doutorado em uma universidade americana de ponta. O brasileiro é um povo empreendedor, cheio de vontade."

A orientação da Laspau é para que o candidato aplique e concorra a vagas para três a cinco universidades diferentes. Quando aprovados ainda precisam passar pelo aval de dois órgãos do Ministério da Educação, a Agência Federal de Apoio e Avaliação da Educação Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) para conseguir a bolsa do Ciência sem Fronteiras. Os bolsistas têm por obrigação voltar ao Brasil após a conclusão do curso.

 "Este estudante vai ser mais demandado profissionalmente e vai fazer parte de uma rede de 100 mil brasileiros [número total de bolsas do Ciência sem Fronteiras] com conexões profissionais e pessoais. Será responsabilidade do país oferecer oportunidade para esses talentos", diz Angélica. Para ela, a educação vive um grande desafio: de "formar indivíduos competitivos que sejam capazes de fazer e liderar, não somente obter conhecimento."

Mais informações de como acionar o Laspau para potencializar a candidatura às vagas para o doutorado podem ser obtidas pelo site www.laspau.harvard.edu/pt-br.

 

Incubadora em Boston

Luiz Felipe D´Ávila é o único brasileiro que compõe do conselho da Laspau. Ele fez pós-graduação em Harvard e criou há quatro anos no Brasil o Centro de Liderança Pública (CLP), que organização oferece treinamento para gestores de todo o Brasil. O próximo empreendimento é criar uma incubadora em Boston, Massachusetts, para aproveitar os bolsistas do Ciência sem Fronteiras.

"É importante transformar conhecimento em serviço e negócio, este é o objetivo do Brasil a longo prazo. Temos de nos inspirar nos centros de excelências dos Estados Unidos, é nas universidades americanas onde ocorrem a efervescência de ideias."

 

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Angélica Natera é diretora da Laspau e foi divulgar programa no Brasil (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)

 

 

Fonte: Brazilian Times

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