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Publicado em 3/06/2013 as 12:00am

Biden diz que EUA estudam tempo menor para brasileiro obter visto

Vice dos EUA participou de almoço no Itamaraty nesta sexta (31). Ele defendeu ainda a intensificação nas relações Brasil-Estados Unidos.

da redação

 

Na última etapa de sua visita à América Latina, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enalteceu nesta sexta-feira (31) o papel conquistado pelo Brasil no cenário internacional e voltou a defender o desejo do governo norte-americano de intensificar as relações bilaterais com o Brasil. O vice de Barack Obama sinalizou ainda que Washington poderá vir a flexibilizar a emissão de vistos para os brasileiros que queiram viajar para os EUA.

“Já conversei com nosso embaixador [no Brasil] para encontrarmos uma maneira de passar de 12 semanas para dois ou três dias o tempo necessário para se obter um visto. Para isso, nós estamos dobrando o número de funcionários que temos à disposição em nossos consulados. Nós queremos os brasileiros viajando para os Estados Unidos, não apenas para fazer compras, mas para nos ver, para nos entender”, enfatizou Biden.

Em um pronunciamento de cerca de 13 minutos no Palácio do Itamaraty, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, Biden sugeriu que os dois países podem reforçar suas parcerias nas áreas de energia, educação e inovação tecnológica.

Em meio à declaração oficial, o norte-americano ressaltou que a Casa Branca aguardará “ansiosa” a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff ao país. Biden aproveitou a passagem por Brasília para formalizar o convite para que Dilma visite Washington, em outubro. Na ocasião, disse Biden, a presidente brasileira será recebida com distinção reservada a poucos países.

O vice de Barack Obama está em visita oficial ao Brasil desde a noite da última terça (28), quando desembarcou no Rio de Janeiro ao lado de sua mulher, Jill Biden. Antes de chegar ao Brasil, o norte-americano esteve na Colômbia e em Trinidad e Tobago.

Biden se reuniu na manhã desta sexta com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ao ingressar por uma porta lateral, ele se limitou a dizer “bom dia”, em inglês, às dezenas de jornalistas que o aguardavam.

Depois da reunião com Dilma, escoltado por forte de esquema de segurança, Biden se dirigiu de carro até a sede do Ministério das Relações Exteriores, a cerca de 350 metros do Planalto. No Itamaraty, ele teve encontro bilateral com o vice-presidente da República, Michel Temer, e foi homenageado com um almoço na sede da chancelaria brasileira. O governo do Brasil ofereceu ao convidado ilustre um cardápio tipicamente brasileiro, com arroz, farofa, picadinho, banana frita, salada e panacota de cupuaçu como sobremesa.

Democracia e desenvolvimento

Ao deixar o Palácio do Planalto, depois de ter ficado reunido com Dilma por cerca de uma hora e meia, Biden conversou rapidamente com a imprensa. No diálogo, ele ressaltou que a audiência com a presidente havia sido “maravilhosa”. Mais tarde, durante declaração conjunta com Temer, o vice dos EUA elogiou Dilma e disse que, “agora”, entendia por que Obama a considera uma grande parceira.

“Hoje, tive uma discussão muita ampla com a presidente Dilma Rousseff. Ela é uma líder que está focada como raio laser nas questões que mais importam ao povo brasileiro. A boa notícia é que os assuntos que mais importam ao Brasil são também os que mais importam ao povo dos Estados Unidos”, discursou.

Biden disse ainda que um dos objetivos de sua passagem pelo país foi deixar claro que os EUA estão prontos para manter uma relação mais ampla e mais profunda com o Brasil, em áreas que vão desde o comércio de equipamentos militares e passam pela educação, comércio exterior e investimentos. “E eu não acredito que exista qualquer obstáculo que nós não possamos contornar”, destacou.

O vice norte-americano contou ter dito à presidente que “a parte mais incrível” da história do Brasil nos últimos 15 anos é que o país tem demonstrado ao resto do mundo que não é necessária uma “falsa escolha” entre desenvolvimento e democracia.

“Você vê [isso] no Egito, você vê na Venezuela, você vê no Bahrein, você vê ao redor do mundo esse debate e esse dilema acontecendo. É possível ter democracia e desenvolvimento, dos quais todos se beneficiam. E essa é a magia do que vocês fizeram aqui, o que a presidente de vocês está fazendo agora e a razão pela qual ela pode ter tão incrível influência bem além deste país”, opinou.

Biden permaneceu no Itamaraty por cerca de três horas. Ao deixar o prédio da chancelaria, às 15h03, o vice foi escudado até o seu carro pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Após entrar no veículo, o norte-americano foi conduzido por batedores do Exército e agentes secretos americanos até a base aérea de Brasília, onde embarcou de volta para os EUA.

Convite a Dilma

Responsável pela área de relações exteriores do governo brasileiro, o ministro Antonio Patriota fez um breve relato sobre a conversa de Dilma com Biden, ocorrida no final da manhã. De acordo com o chanceler, a presidente aceitou com “grande satisfação e alegria” o convite de Obama para que ela faça uma visita de Estado à Casa Branca no dia 23 de outubro.

“[Convite] Que permitirá aos dois países fazer uma avaliação do estado em que se encontra o relacionamento e aprofundar a parceria em áreas estratégicas para os dois países”, disse Patriota.

O ministro destacou que o setor de energia foi uma das pautas mais recorrentes nas conversas de Biden com as autoridades brasileiras. O vice dos EUA demonstrou grande interesse em fechar uma parceria entre os dois países para a exploração do petróleo do pré-sal.

O democrata também fez questão de ressaltar a importância das reservas de gás de xisto norte-americanas que, segundo ele, podem atender ao Brasil. Em razão das discussões sobre o setor energético, os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Fernando Pimentel (Indústria e Comércio Exterior) e a presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, acompanharam a audiência no Planalto.

A dirigente da estatal do petróleo, no entanto, já havia se encontrado com o vice-presidente dos Estados Unidos durante a passagem da comitiva americana pelo Rio. Conforme Patriota, enquanto montava sua agenda no Brasil, Biden havia solicitado que o embaixador dos EUA em Brasília, Thomas Shanon, intermediação um encontro dele com Graça Foster para que pudessem debater sobre a exploração do petróleo nas camadas mais profundas do oceano.

Fonte: Brazilian Times

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