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Publicado em 21/06/2013 as 12:00am

Brasileira que vendia carteiras de motorista pega 3 anos de prisão

Brasileira que vendia carteiras de motorista pega 3 anos de prisão

Adriana Ferreira trabalhava em uma filial do Departamento de Veículos Automotores em Massachusetts

 

da redação

No início de junho, a atendente Adriana Ferreira, de 48 anos, ex-funcionária do Departamento de Veículos Automotores (RMV) em Massachusetts, filmada secretamente pelo canal de TV Fox recebendo propina, foi condenada a três anos de prisão. Adriana, também conhecida na comunidade brasileira como notária pública ou conselheira legal, foi considerada culpada de fornecer carteiras de motorista para imigrantes indocumentados. Além disso, ela terá que devolver milhares de dólares recebidos de propina dos imigrantes por carteiras e assistência legal nunca fornecidos, disseram as autoridades.

Em 4 de junho, ela assumiu a culpa com relação às acusações de aceitar propina mesmo sendo uma funcionária pública, 5 acusações de “larceny” (roubo de coisas miúdas) acima de US$ 250 e 4 acusações de tentativa de “larceny”, informou a promotoria pública do Condado de Suffolk. A juíza da Corte Superior de Suffolk, Janet Sanders, sentenciou o réu a 3 anos numa penitenciária estadual seguidos de 8 anos de liberdade condicional, durante os quais ela não poderá ter contato com as vítimas e será submetida à avaliação e tratamento contra drogas, incluindo testes surpresas.

Ferreira também terá que pagar US$ 8.780 em restituição. A quantia inclui o dinheiro recebido das testemunhas que colaboravam com a promotoria do Condado de Suffolk, que supriu US$ 2 mil e o Departamento de Segurança Interna, que contribuiu com US$ 800.

O promotor público do Condado de Suffolk, Daniel F. Conley, disse através de um comunicado que o seu escritório também planeja comunicar o Departamento Estadual de Aposentadorias sobre a condenação de Ferreira.

“Não há motivos para ela receber pensão estadual depois de utilizar um cargo de confiança e autoridade para violar a lei e explorar essas vítimas”, disse ele. “Este é um caso de ganância, pura e simplesmente”.

Os promotores haviam adiantado, se o caso fosse a julgamento, eles apresentariam evidências que provasse que Adriana utilizou a sua posição como atendente do RMV e sua experiência anterior adquirida no Tribunal Distrital de Brighton para conquistar a reputação de “notária”, um termo que pode significar conselheiro legal, informou o comunicado da promotoria pública.

Entretanto, Ferreira não é advogada ou sequer notária pública, detalharam os promotores.

Entre julho de 2009 e sua prisão em novembro de 2012, Adriana prometeu a 5 vítimas que poderia ajudar a obter carteiras de motorista de Massachusetts ou fazer casos migratórios desaparecerem em troca de pagamentos que variavam entre US$ 500 a US$ 1.100, segundo os promotores.

As autoridades disseram não ter encontrado evidências de que Adriana tenha realmente provido documentação fraudulenta ou assistência à qualquer uma das vítimas. Quando confrontada por elas por receberem os serviços propmetidos, Ferreira os ameaçava de denunciá-los à Imigração, detalharam os promotores públicos. Em um caso, ela denunciou uma vítima ao Departamento de Imigração (ICE).

“Ela deve ter pensado que ninguém ouviria as vítimas”, disse Conley através de um comunicado. “Ela deve ter pensado que ninguém se importaria com o que eles diriam. Ela estava errada. Não importa quem você seja, não importa de onde você veio, se alguém foi ferido ou roubado por você, nós estamos aqui para ajudar”.

As autoridades começaram a investigar Adriana depois que as vítimas a denunciaram à Polícia Estadual, o Departamento de Segurança Interna (DHS) e o Departamento de Imigração (ICE).

Fonte: Brazilian Times

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