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Publicado em 23/09/2013 as 12:00am

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Brasileira consegue reaver filhos sequestrados pelo pai em 2011

 

Luciano Sodré

Depois de aproximadamente dois anos lutando para trazer os filhos de volta para os Estados Unidos, a capixaba Patrícia Dantas festeja sua conquista. Os dois meninos, um de oito e outro de seis anos de idade, foram levados pelo pai, ao Brasil, em julho de 2011 e desde então ele proibiu o retorno das crianças.

Em uma entrevista emocionada, a brasileira conta como tudo começou e quem a ajudou neste processo. Patrícia explica que teve um relacionamento rápido com Reginaldo Martins Silva, o pai das crianças. "Em 2011 ele decidiu voltar ao Brasil e pediu para que eu permitisse que ele levasse os meninos para conhecer os avós, em São João do Oriente (Minas Gerais)", fala ressaltando que permitiu porque jamais pensou que o ex-companheiro fosse "sequestrá-los".

Patrícia conta que quando o marido lhe comunicou que não permitia que seus filhos retornassem aos Estados Unidos, ficou desesperada e não sabia onde procurar ajuda. "Por várias vezes pensei que não iria mais vê-los", lembra emocionada. "Tentei ajuda no Consulado de Boston (Massachusetts), mas não me ajudaram", continua.

Foi então que uma pessoa a aconselhou a procurar o Departamento de Polícia de Fall River, cidade onde morava na época do sequestro. Mesmo receosa por ser uma imigrante indocumentada, Patrícia procurou a ajuda policial.  "Graças a Deus eu tomei esta atitude, pois foram eles que realmente me ajudaram", fala acrescentando o detetive Nelson a encaminhou para outro departamento que cuidaria de seu caso. "Todos queriam me ajudar muito", disse.

Depois que a capixaba apresentou a denúncia, iniciou-se uma investigação no caso e até agentes do FBI foram acionados. "Na época eu não divulguei a minha história na mídia porque assinei um documento que exigia sigilo absoluto", explica.

O primeiro passo foi tentar um contato com Reginaldo e seus familiares, mas após a primeira ligação, ninguém mais retornou as chamadas. "Eles afirmaram ao detetive que estavam com as crianças e que não as enviariam de volta mesmo sabendo que estavam descumprindo uma ordem", conta a brasileira.

O tempo foi passando e tudo parecia ficar mais complicado, mesmo diante da intensa ajuda por parte da polícia e agentes envolvidos no caso. "Foi então que a ativista Ester Sanchez ficou sabendo do meu caso e me procurou para oferecer ajuda. Ela disse que tinha conhecidos no Brasil que poderiam ajudar, pois o governo brasileiros estava muito moroso e não se interessou em colaborar", explica.

De posse de uma procuração, Ester foi ao Brasil e procurou os órgãos competentes para que fosse feito alguma coisa. "Graças a Deus ela tomou esta atitude, pois se fosse deixar nas mãos do governo brasileiro eu não veria os meus filhos tão cedo", conta emocionada.

De posse da procuração, Ester conseguiu trazer as crianças de volta e no dia 18 de Junho deste ano, Patrícia viu novamente os filhos. "O motivo de eu estar divulgando a história somente agora é porque eu percebi que muitas mães podem entrar na mesma situação", fala. "Meu ex-companheiro deve ter pensado que pelo fato de eu estar vivendo ilegalmente nos EUA não iria retornar para reclamar as crianças e tampouco conseguiria ajuda", continua.

Mas, como ela mesmo deixou clara, a situação imigratória não significa que uma mãe não pode buscar ajuda para reaver seus filhos. "Eu agradeço aos Estados Unidos, que mesmo eu sendo uma imigrante, o país abriu as portas para mim e cobriu todas as despesas do processo e conseguiu trazer meus filhos de volta", fala reafirmando que o governo brasileiro nada fez para ajudar.

Patrícia é natural de Vitória (Espírito Santo) e mora há nove anos nos EUA e atualmente está na cidade de Framingham (Massachusetts). Ela trabalha como housecleaner, mas pelo fato de ter que cuidar as crianças, não tem trabalhado muito.

 

Fonte: Brazilian Times

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