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Publicado em 3/01/2014 as 12:00am

Entenda o polêmico imposto que revoltou brasileiros nos EUA

Confira prós e contras do aumento de imposto que revoltou brasileiros nos EUA

O aumento na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nos pagamentos em moeda estrangeira no exterior, válido desde sábado (28), diminuiu as vantagens de certas formas, como o cartão pré-pago, sobre o cartão de crédito, por exemplo. Especialistas foram consultados para saber as vantagens e desvantagens de cada modalidade de pagamento. Eles sugerem que o consumidor divida os gastos entre elas, em vez de priorizar uma, para evitar imprevistos e altas variações da moeda. O IOF subiu para pagamentos em moeda estrangeira com cartão de débito, saques em moeda estrangeira no exterior, compras de cheques de viagem (traveller checks) e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira. O imposto para eles passou 0,38% para 6,38%, mesmo nível do cartão de crédito. Veja abaixo as dicas de Sidney Moura Nehme, diretor executivo e economista da NGO Corretora de Câmbio, e Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeiras MoneYou. Cartão de crédito Uma das principais vantagens oferecidas por essa modalidade é a segurança de não andar com o dinheiro vivo. O cartão de crédito também possibilita que o consumidor pague a compra com a cotação do dólar na data do vencimento da fatura. Contudo, trata-se de uma decisão de risco: a moeda pode tanto desvalorizar quanto ficar mais cara. Por conta dessa variação imprevista, Nehme sugere que o consumidor divida os gastos com outras formas de pagamento. Outra desvantagem do cartão é que ele pode não ser aceito em todos os estabelecimentos comerciais. É importante que o consumidor faça o desbloqueio, com o banco, do uso do cartão de crédito no exterior antes de viajar, para não evitar problemas na hora do pagamento lá fora. Cartão de débito Uma das principais vantagens oferecidas por essa modalidade é garantir a cotação da moeda na data em que for confirmada a compra - sem precisar esperar o vencimento da fatura do cartão de crédito. Contudo, especialistas alertam que as instituições financeiras podem cobrar taxas para as transações, o que deve ser pesquisado com antecedência pelo consumidor nos bancos (pode não haver cobrança). "O débito seria vantajoso se não tiver nenhuma taxação extra. É preciso ver se vale a pena e evitaruma surpresa na conta quando chegar no Brasil", alerta Jason Vieira. Ele lembra que é necessário ligar para a instituição financeira e pedir o desbloqueio do uso do cartão de débito o exterior antes de viajar. "O cartão precisa ser internacional", diz. Cheques de viagem (traveller checks) ou cartões pré-pagos Os especialistas avaliam que pode ser vantajoso fazer o cartão pré-pago ou a compra dos cheques de viagem (menos comuns, por conta do cartão de plástico) para garantir a cotação da moeda e já saber quanto ficará a conta. Há também a segurança de não ficar usando o dinheiro em espécie. Dinheiro Apesar de o IOF não incidir na troca do dinheiro em espécie, Nehme avalia que o mercado acaba adequando o preço da moeda, ou seja, como as demais modalidades ficarão mais "caras", automaticamente o preço da moeda estrangeira em espécie para o turismo sobe também, sugere. "O mercado se ajusta (...). Não vai afetar o dólar comercial, mas o mercado de turismo vai aumentar o preço [da moeda], porque terá um novo referencial", sugere. Nehme acredita que o mesmo deve acontecer lá fora, para quem resolver deixar para trocar a moeda quando chegar no destino. "Os mercados se intercomunicam muito rápido", diz. Vieira lembra, ainda, que o real pode não ser aceito nas corretoras do país de destino ou por não ser muito aceita, podem pagar pouco pelo real na hora da troca. Saques em moeda estrangeira no exterior Os saques costumam ser taxados pelas instituições financeiras a cada transação. A taxa é somada ao IOF, o que torna a operação um pouco desvantajosa, avaliam os especialistas. Dessa forma, a modalidade pode ser considerada mais para uma medida emergencial. "Normalmente há taxas que precisam ser consideradas. As instituições sempre cobram alguma taxa de serviço. Você paga a troca [conversão] e ainda tem a taxa", além do IOF, diz Nehme. Assim como para o uso do cartão de débito, o ideal é entrar em contato com o banco e pedir o desbloqueio do saque no exterior.

Fonte: (Agência Globo)

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