Publicado em 27/01/2014 as 12:00am
Brasileiro vai mostrar sextape para provar casamento real
Brasileiro quer mostrar video pornô para provar que casamento é verdadeiro
Durante um julgamento, os jurados acompanham e avaliam as várias provas apresentadas, entretanto, no caso do ex-piloto de carros de corrida, Rogério Chaves Scotton, de 43 anos, residente em Boca Raton (FL), isso pode significar assistir a um filme pornô caseiro. O brasileiro, que reside há 25 anos nos Estados Unidos, enfrenta 27 acusações de fraude no envio de mercadorias e ter se casado com sua esposa somente para obter a residência permanente, segundo o jornal Sun Sentinel.
Scotton, que representa a si mesmo depois de dispensar 6 advogados de defesa, disse essa semana que quer mostrar aos jurados o filme pornográfico feito com a esposa para provar que a união era legítima e não com o intuito de conseguir o green card. Ele está sendo aconselhado pelo promotor público Jason Kreiss, de Fort Lauderdale (FL), conforme ordem judicial. O juíz distrital Robin Rosenbaum encorajou o réu a chegar a um acordo com a Promotoria Pública na tentativa de evitar que os jurados assistam às cenas íntimas do casal.
"Eu não acho que seria justo para a sua esposa", disse Rosenbaum ao brasileiro, que respondeu; "por que a privacidade de minha esposa é importante nesse momento? Eu estou enfrentando o risco de prisão".
Rosenbaum disse ao réu que não iria simplesmente "exibir aquela coisa em frente aos jurados para saber o que tem nela" sem verificar antes. "Vamos ver se descobrimos uma forma menos invasora de provar a mesma coisa", comentou o juíz.
Rogério está detido há 22 meses e não mostrou o vídeo ou fotografias a Rosenbaum porque não os possuía no Tribunal. O juízdetermuinou que o brasileiro entregasse o material à promotora BerthaMitrani e, então, diplomaticamente sugeriu que ele tentasse um acordo com a Promotoria Pública para evitar que os jurados vissem as imagens.
Rogério foi preso em março de 2012 em decorrência de 27 acusações de fraude no envio de mercadorias e 2 acusações de mentir para as autoridades migratórias. As autoridades suspeitam que ele operava um esquema multimilionário envolvendo companhias de envio de mercadorias, como a FedEx, UPS e DHL. Os promotores públicos alegam que o brasileiro tenha lucrado milhões de dólares dessas empresas ao criar contas fantasmas que cobravam indevidamente mega empresas, como a Target, Walmart e Apple entre 2007 e 2012.
A empresa do réu, sediada em Boca Raton (FL), vendia aparelhos eletrônicos ao Brasil utilizando contas fraudulentas para enviar as mercadorias aos clientes no estrangeiro, segundo as autoridades. O brasileiro alega ser inocente de todas as acusações.
Scotton, que já competiu no Miami Grand Prix e NASCAR, alega estar sendo falsamente acusado. "Eu não cometi esses crimes dos quais eles me acusam", comentou. Ele alega que as acusações foram feitas em retaliação porque denunciou o que considera ser tráfico de drogas operado por algumas companhias de entrega de mercadorias e agora ele está sendo acusado de fraude. Na quarta-feira (22), o juíz disse-lhe que ele não havia apresentado nenhuma evidência que apoiasse tais alegações.
"Eu não sei o que direi aos jurados, mas tentarei o meu melhor para provar que não sou culpado", disse ele.
O canal de TV WPTV detalhou que Rogério foi preso como resultado de problemas envolvendo sua empresa, através da qual ele enviava produtos a preços muito mais baixos que os concorrentes, supostamente abrindo as contas fantasmas. Caso seja considerado culpado, o brasileiro pode ser condenado a até 20 anos de prisão.
Fonte: (da redação)