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Publicado em 3/03/2014 as 12:00am

Brasileiro afirma ter sido vítima de discriminação por empresa aérea

Brasileiro afirma ter sido vítima de discriminação por empresa aérea em Massachusetts

O brasileiro Arnald Kennedy, que atua no ramo da construção civil em Massachusetts, afirma que em recente viagem ao Brasil para realizar seu hobby favorito, a pescaria, foi discriminado e humilhado em frente de outros passageiros por funcionários de uma empresa aérea dos EUA.

Arnald, que desde que conseguiu a cidadania americana mudou de nome adotando o sobrenome de famila Kennedy, revela em entrevista exclusiva ao BT que tudo começou quando desembarcou no aeroporto de Boston, para fazer o check-in para o Brasil. Questionado pela funcionária da empresa aérea qual seria o seu nome real, considerando o fato de que o seu nome de nascimento é Arnaldo Marreiro,  ele afirmou que em território americano só se identificava como Arnald Kennedy. A funcionária então disse que ele não poderia viajar utilizando o novo nome, justificando que ele teria problemas no desembarque no Brasil. “Eu tentei explicar para ela que eu não teria problemas porque tenho as duas cidadanias e não preciso de vistos para entrada e saída em ambos os países. Ela continuou afirmando que não poderia me dar as passagens utilizando o meu nome americano e somente após muita discussão e explicação, ela permitiu me liberar para embarque” afirma Arnald, que mudou de nome após a oportunidade que teve de conhecer o falecido ex-senador por Massachusetts, Ted Kennedy.

Mesmo após resolver o mal-entendido, ele voltou a ser questionado pela funcionária que trabalhava na área de ‘check-in’ acerca de outro problema: o peso do seu equipamento de pesca e o tamanho das varas que ele estaria levando. “Faço essa viagem ao Brasil há mais de 8 anos pelo menos 4 vezes ao ano e nunca tive problema algum. Eles afirmaram que eu estava levando bagagem acima do peso e dimensões permitidas, e mesmo após desmontar as varas e oferecer para pagar qualquer multa cabível, eles continuaram atrasando e impedindo o meu embarque” desabafa Arnald, que ainda passaria por mais uma humilhação.

Após duas horas de discussão e inconvenientes durante a tentativa de retirar os bilhetes de embarque, Arnald finalmente passou pela segurança do aeroporto, que ele revela ter sido ‘mais rigorosa que de outros passageiros’, ele se encaminhou para o embarque, durante o episódio o qual ele afirma foi um dos mais humilhantes da sua trajetória nos EUA. “Quando eu estava passando pelo ‘túnel’ de embarque, quase pisando dentro do avião, fui parado pela comissão de bordo do voo, afirmando que eles teriam que me revistar antes de eu entrar no avião” relata o brasiliense, que reside em Medford – MA. Ao questionar o porquê do procedimento estar sendo efetuado na frente de outros passageiros que também embarcavam, ele foi notificado que ‘eles teriam suspeitas que eu estaria de posse de materiais perigosos e de risco terrorista.  “Foi a maior humilhação que já sofri na vida. Ser revistado na frente de outros passageiros do voo, sendo que eu já tinha passado pela revista do TSA dentro do aeroporto. Eu passei no raio x da imigração, tive meus pertences já verificados, eles não precisavam me humilhar daquela maneira” afirma Arnald, que já estuda maneiras de entrar com um processo de danos morais contra a companhia aérea. Ele perdeu a temporada de pesca e afirma que vai buscar os seus direitos na justiça. ‘Não podemos deixar essas coisas acontecerem com nós brasileiros. Fui vítima de discriminação e não deixar essa situação impune’ completa.

A empresa aérea foi procurada pela equipe de reportagem do jornal Brazilian Times, mas até o fechamento dessa edição, não tinha se pronunciado acerca das acusações.

A paixão pela pesca e encontro com Ted Kennedy

O brasileiro, quando não está trabalhando com a sua companhia de construção a qual ele é proprietário e dono da licença, ele está ensinando a arte da pescaria nos EUA e no Brasil. “Viajo múltiplas vezes para o Brasil, sempre em baixa temporada do trabalho, para pescar nos rios Madeira, Amazônia e entre outros. Vou ao menos quatro vezes ao Brasil para pescar” afirma Arnald, que foi sargento do exército brasileiro antes de iniciar sua trajetória como imigrante brasileiro nos EUA.

Durante um trabalho na casa de praia do falecido senador Ted Kennedy, ele teve a oportunidade de expressar sua admiração pela família Kennedy e pelo empenho em ajudar os imigrantes que particularmente o senador Ted demonstrava quando representava o estado de Massachusetts. “Eu disse a ele o tanto que o admirava como senador e o trabalho que eles realizavam em favor dos imigrantes como eu’ afirma. Emocionado pelo testemunho do brasileiro, Ted Kennedy afirmou que seria um privilégio ter ‘alguém como Arnald’ na família Kennedy. Foi aí que o brasileiro decidiu que se tornaria um, com o aval do senador. “Depois desse encontro, resolvi mudar meu nome e me tornar um Kennedy’ afirma o brasiliense. ‘ E tenho muito orgulho de carregar esse nome. Fiquei muito entristecido que fui humilhado a ponto de ser requisitado a não usar o meu novo nome durante a minha viagem ao Brasil’ reintera o brasileiro, ainda ressentido com o episódio.

Fonte: (da redação)

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