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Publicado em 28/03/2014 as 12:00am

Brasileiro deportado pede ajuda para voltar

Brasileiro deportado pede ajuda para voltar

Luciano Sodré

Natural de Curitiba (Paraná), Miguel Olivetti vive momentos difíceis no Brasil. Em uma entrevista emocionante, ele conta que passou um bom período sem emprego, sem casa para morar e até sem roupas. Isso porque ele voltou ao seu país de origem através de uma deportação dos Estados Unidos. “Eu não estava preparado para este retorno súbito, por isso estas dificuldades”, explica.

Miguel conta que está tentando retornar aos EUA e que está difícil a readaptação no Brasil. Ele explica que neste país tudo é muito caro, a falta de segurança assusta e as oportunidades estão cada vez mais escassas. O paranaense ressalta que já tentou vários meios para voltar à Terra do Tio Sam de uma maneira legal. “Chega de ser ilegal, pois a gente vive com medo de a qualquer momento acontecer o que aconteceu, a deportação”, fala explicando que é a mesma coisa que ser assaltado. “A pessoa nunca tem medo até sentir na pele”, continua.

Ele disse que já enviou e-mail para O Departamento de Segurança Interna, FBI e até para a Casa Branca, explicando o seu caso e relatando os abusos e exploração que sofreu durante o tempo em que morou nos Estados Unidos. Miguel se colocou a disposição para ser testemunha contra empregadores que abusam de seus funcionários pelo fato deles serem imigrantes indocumentados. “O meu ex-patrão ficou me devendo e mesmo depois que eu fui deportado, ficou mais difícil cobrar os meus direitos”, se revolta.

Miguel chegou aos Estados Unidos em 2005, através da fronteira do país com o México. Ele conta que pagou a quantia de US$20 mil pela passagem dele e da esposa, Célia. Depois que entrou no país, ele trabalhou para várias companhias pertencentes a brasileiros e portugueses e sempre foi explorado pelo fato de ser indocumentado.

No início, os dois viveram por seis anos na cidade de Fall River (Massachusetts), mas em 2011 durante uma viagem até Miami (Florida), eles foram pegos por agentes de Imigração. Mesmo tendo um histórico limpo no país, os dois foram deportados ao Brasil. E foi ai que começaram os problemas, pois tudo que eles conseguiram ficaram nos EUA. “O pior foi que vendemos a nossa casa, no Brasil, para pagar o coiote e hoje moramos de aluguel”, se emociona.

Miguel disse que não consegue mais viver no Brasil e que aceita qualquer tipo de emprego e vai apelar para todos os meios para conseguir voltar. Ele está a procura de um advogado que possa o ajudar e coloca o seu telefone à disposição: (41) 8504-1979 e seu e-mail é miguel_olivetti@hotmail.com. “Sei que parece difícil, mas acredito muito que algo bom possa acontecer”, fala. “O meu maior medo é que estas pessoas que me exploraram nos EUA possam me fazer algo mal aqui no Brasil”, continua.

Ele ressalta que tem todas as provas necessárias para incriminar uma quadrilha de falsificadores de documentos, coiotes e exploradores de imigrantes indocumentados. “Eu não tenho medo de delatá-los, se isso significa o meu perdão e retorno aos EUA”, afirma concluindo que está passando por um tratamento antidepressivo.

Fonte: (da redação)

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