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Publicado em 30/05/2014 as 12:00am

Imigrantes vão dominar os EUA, segundo Census

Imigrantes vão dominar os EUA, segundo Census

Os Estados Unidos passarão por importantes mudanças na sua demografia durante as próximas décadas. As previsões são feitas pelo Census Bureau, a mais importante organização norte-americana para os estudos demográficos. Essas mudanças são previstas tanto em termos de idade média da população, que será consideravelmente aumentada devido ao crescimento da população idosa, quanto de raças e origens étnicas. Prevê-se, por exemplo, um grande aumento dos cidadãos de origem hispânica.

Determinar com clareza a projeção do tamanho e da estrutura da população de um país é providência muito importante, pois isso tem implicações tanto para os interesses públicos quanto os privados. Os Estados Unidos são um dos países que mais e melhor investem ne obtenção desses dados.

Por exemplo, as inscrições nas escolas e a participação em programas tais como a Assistência Social e nos programas de saúde são afetados em função da rapidez e da extensão do crescimento da população.

 

Os brancos serão minoria

As projeções mais recentes do Census Bureau dão conta, por exemplo, que número elevado de imigrantes e de miscigenação nos Estados Unidos fará com que a população branca, em poucos anos, se torne minoria. Essa mudança na configuração nacional tem gerado discussões no país. Primeiro, graças à perda de espaço daqueles chamados “nativos brancos” para imigrantes – sobretudo, mexicanos – e as implicações políticas e sociais causadas por essa transformação, como a recente lei de imigração do Estado do Arizona, que obriga estrangeiros a portar sempre documentos de imigração, mesmo quando moram legalmente no país.

O segundo ponto de debate é a diversidade da geração jovem de norte-americanos que, inevitavelmente, abrirá as portas para uma comunidade mais integrada, em uma era pós-racista.

De acordo com o Census Bureau, órgão equivalente ao nosso Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa é que, por volta de 2050, os brancos sejam minoria nos Estados Unidos. Pode-se dizer que os imigrantes latino-americanos têm se integrado à sociedade norte-americana de um modo pacífico, ao contrário dos imigrantes europeus. Ao mesmo tempo, é previsível que daqui a algumas décadas os norte-americanos invistam em uma nova distinção de grupos. E essa nova configuração que está por vir chama a atenção.

É certo que uma das principais mudanças em relação aos grupos étnicos na América do Norte envolverá a população que habita há mais tempo na região: os brancos nativos. Essa reestruturação da sociedade pode pôr em xeque a noção de identidade nacional. Os norte-americanos terão de considerar que a nação está relacionada a um conjunto de ideias semelhantes, em vez de considerá-la uma homogenia étnica e religiosa.

O impacto social mais evidente dessa mudança demográfica será político. A Califórnia é um exemplo. Nos dez últimos anos, o número de britânicos e descendentes tem caído. Hoje, eles representam menos de 50% da população local. Como resultado disso, notou-se que os brancos começaram a desenvolver uma consciência de grupo que visa a seus interesses políticos. Por exemplo, em 1996, os eleitores brancos californianos votaram a favor da proposição 209, que buscou eliminar a ação afirmativa (medida que oferecia benefícios educacionais e sociais a membros de grupos minoritários por conta de etnia, sexo e religião), porque os eleitores do grupo majoritário se sentiram prejudicados. Na época, a Califórnia também tomava medidas contra a imigração ilegal e o ensino bilíngue nas escolas. É fácil concluir que essas iniciativas foram parte de um processo de defesa contra a transformação étnica do Estado. Essa batalha contra a transformação, porém, assegurou que não houvesse mais nenhuma outra proposição. Tendo em vista o aumento das minorias em relação aos brancos, e sua superação em número, boa parte dos políticos norte-americanos relutou em aprovar qualquer iniciativa benéfica aos outros grupos.

Fonte: (da redação)

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