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Publicado em 30/06/2014 as 12:00am

Talento brasileiro em nova série de Hollywood

O brasileiro Gabriel Dib integra a equipe responsável pela música da nova série da AMC intitulada Halt and Catch Fire. A produção, ainda sem título em português, estreará em 1º de junho nos Estados Unidos. O brasileiro foi convidado pelo renomado music su

Da redação

O brasileiro Gabriel Dib integra a equipe responsável pela música da nova série da AMC intitulada Halt and Catch Fire. A produção, ainda sem título em português, estreará em 1º de junho nos Estados Unidos. O brasileiro foi convidado pelo renomado music supervisor Thomas Golubic (de Walking Dead e Breaking Bad) para incluir suas gravações, tocando peças de piano clássico e até uma de suas composições originais.

Essa oportunidade só foi possível para o brasileiro por trabalhar com o renomado compositor de Hollywood, Paul Haslinger. "Paul me contratou porque viu em mim alguém com experiência profissional tanto como compositor como engenheiro de gravação e mixagem. Essa combinação me favoreceu também no Brasil, quando trabalhei para o produtor brasileiro Dudu Marote (leia-se Skank e Jota Quest) que me contratou pelo mesmo motivo", conta Dib.

O brasileiro explica que, em uma produção de série como Halt and Catch Fire, há uma parte do departamento de música que cuida da composição da música original e outro da seleção de canções já existentes, licenciadas para uso nos episódios. "Thomas, o music supervisor de Halt and Catch Fire, ficou sabendo de minhas habilidades como pianista e me contatou para incorporar música às cenas de alguns episódios. Enviei gravações que fiz de peças de Chopin, Beethoven e até um boogie woogie improvisado, que acabaram, para minha alegria e surpresa, entrando na série", acrescenta.

A carreira do brasileiro, porém, não se resume à novidade acima. Além de Halt and Catch Fire, ele compôs recentemente, junto com Paul Haslinger, a música original do piloto da série The Messengers, confirmado a ser produzido pelo canal The CW no próximo semestre de 2014.

Dib soma ainda projetos pessoais variados nos EUA e Brasil, trabalhando na música de duas outras séries, que estão em fase inicial de produção e/ou captação, no desenvolvimento da música original para o ambicioso game brasileiro Vida, além das músicas de filmes que assinou como compositor para diretores que atualmente disputam o circuito internacional de festivais (Banho Maria de Miguel de Oliveira, selecionado para o Festival Corner em Cannes '14).

“Vim para os EUA em 2011 para fazer a transição entre publicidade e cinema. No Brasil, fazia música pra comerciais, mas sempre sonhava com o cinema e TV. Nos EUA, concluí mestrado em MFA in Film Scoring na Columbia College Chicago, curso que durou dois anos. Também ‘afiei’ meu inglês, e me orgulho de ter feito música para curtas, longas, peças de teatro e comerciais. Com o final do curso, mudei para Los Angeles, onde tive a oportunidade de gravar minhas músicas em um ícone para mim: o estúdio Capitol Records, com músicos da Filarmônica de LA. Uma honra e tanto!”, conta.

“Também trabalhei com Kim Planert (A Reason), Bear McCreary (Black Sails - série), Henry Jackman (Capitão América 2 - longa) e Heitor Pereira (Minions - filme solo dos amarelinhos). Nesses dois últimos citados, contribui por três meses no Remote Control, estúdio que vejo como um império, do super compositor Hans Zimmer, em Santa Monica”, acrescenta ele.

Brasileiro na ‘gringa’

Como brasileiro vivendo nos Estados Unidos, as dificuldades que apareceram nunca foram em relação à nacionalidade, como se poderia supor. “Mas, sim, particularmente em Hollywood, a maior questão sempre foi a da competição entre os profissionais, venham de onde vierem. Aqui é a meca da indústria mundial do cinema. A maioria dos profissionais quer, tem vontade ou está aqui; e os melhores em suas respectivas áreas estão trabalhando aqui. Ser notado, porém, é algo que leva tempo, exige trabalho, talento e persistência. Mesmo com uma década de experiência no Brasil, levei seis meses para encontrar um compositor que notasse o que tenho para oferecer e me chamar como assistente, no modelo que, de certa maneira, lembra a relação mestre-aprendiz e que é bastante comum nessa área da música para cinema e TV”, finaliza Dib.

Fonte: Brazilian Times

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