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Publicado em 11/07/2014 as 12:00am

Pequena brasileira realiza transplante nos EUA

A família aguarda a doação dos órgãos para o transplante, o que demora, em média, seis meses nos Estados Unidos.

Há quase uma semana no Jackson Memorial Hospital, em Miami, nos Estados Unidos, o bebê Sofia Gonçalves de Lacerda se diverte como pode enquanto espera pelo transplante multivisceral. A cirurgia está prevista para ser realizada em até seis meses pelo médico brasileiro e diretor da unidade de transplantes do hospital, Rodrigo Vianna.

Com um ursinho de pelúcia, Patrícia de Lacerda divulgou um vídeo com pouco mais de um minuto de duração na terça-feira (8). A mãe arranca gargalhadas da menina com brincadeiras infantis.

Mobilização nacional

O drama de Sofia começou assim que a família descobriu a doença. Para sobreviver, a menina precisa de um transplante de seis  órgãos (estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado, intestino grosso e, provavelmente, um dos rins), que custa mais de R$ 2 milhões. Desde que nasceu ela já passou por três cirurgias, mas ainda necessita de atendimento especializado, que só é feito nos Estados Unidos.

Quando descobriu a doença, a família pediu ajuda financeira de todas as formas para conseguir uma viagem até os EUA. A campanha foi intitulada "Ajude a Sofia" e ganhou força nas redes sociais: quase 764 mil pessoas já curtiram e compartilharam a página, inclusive celebridades.

Desde que nasceu, no hospital da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, Sofia só tinha saído para ser transferida para o Hospital Samaritano, em Sorocaba, ou fazer os exames pedidos pela Justiça no Hospital das Clínicas de São Paulo (SP). O bebê nunca fez xixi ou cocô e só se alimenta por nutrição parenteral – quando uma solução manipulada pelo médico é aplicada diretamente na corrente sanguínea.

Após diversas questões judiciais, o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) determinou a transferência da menina para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde ela passaria por novos exames que confirmassem a síndrome de Berdon e a possibilidade de realizar o transplante no Brasil.

No entanto, a família recusou um novo procedimento cirúrgico, e médicos especialistas também atestaram que a tecnologia nacional não era avançada o suficiente para realizar o transplante com sucesso. Dessa forma, a menina foi novamente encaminhada para o Hospital Samaritano, de onde saiu para ser levada aos Estados Unidos.

Na madrugada de quarta-feira (2) finalmente Sofia, a mãe e uma equipe de profissionais do Ministério da Saúde embarcaram em um jatinho especial para os Estados Unidos. A partida de Sorocaba emocionou médicos e enfermeiros do hospital onde ela permaneceu internada e amigos da família. O pai de Sofia, Gilson Gonçalves da Silva, embarcou em um voo comercial.

A família aguarda a doação dos órgãos para o transplante, o que demora, em média, seis meses nos Estados Unidos. Depois da cirurgia, a criança permanecerá em tratamento por dois anos. De acordo com os médicos, a chance de êxito é de 85%. No  começo, Sofia, pai e mãe ficarão hospedados na casa de um brasileiro que se ofereceu para ajudar. Ela também terá o acompanhamento de médicos e enfermeiros durante o dia e a noite.

O nome de registro de nascimento da criança é com "ph" (Sophia), mas, em virtude de a campanha de ajuda ter sido iniciada com "Sofia", a própria família adotou essa grafia para evitar problemas com as doações.

Fonte: Redação do Brazilian Times

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