Publicado em 10/12/2014 as 12:00am
Acusada de forjar doença, brasileira se defende
"Nunca pedi dinheiro a ninguém e quero apenas ficar em paz com minha família", fala
Uma pessoa que sobre de depressão e toma muitos remédios controlados, Elisângela apresentou vários documentos que provam a sua história e que realmente pode estar doente. “Mas não ficou nada comprovado ainda”, fala ressaltando que passou por uma tomografia, na segunda-feira (08) e aguarda os resultados. “Somente depois é que saberei que tipo de doença eu tenho”, continua.
Elisângela afirma que em nenhum momento pediu dinheiro para as pessoas e que terceiros iniciaram uma campanha para ajuda-la, sem que ela tivesse conhecimento. Segundo ela, tudo começou quando seu filho pediu a ajuda de um amigo de 12 anos para escrever uma carta bastante emocionante. “Ele pediu a Deus pela minha saúde e que o pai fosse libertado”, fala. “Eu fiquei muito emocionada e decidi publicar a carta e logo em seguida várias pessoas começaram a me procurar e oferecer ajuda”, explica.
A brasileira, que recebe assistência do plano de saúde MassHealth, acrescentou que a única coisa que disse para as pessoas é que estava atravessando problemas financeiros, pois seu marido realmente está preso e ela impossibilitada de trabalhar. “Estou com aluguel atrasado, mas jamais pedi para que alguém pagasse por mim”, continua.
Elisângela afirma que depois que a suposta campanha começou, ela recebeu apenas um cheque no valor de US$100.00, mas que devolverá ao dono, pois não quer dinheiro de ninguém. “Eu recebo ajuda de uma igreja católica americana, que me dá alimentos e muitas coisas”, acrescenta.
Em relação ao câncer, Elisângela explica que a primeira carta que recebeu de sua médica, dizia que ela iria passar por um tratamento contra o câncer e que deveria parar de trabalhar. “Eu não sou médica e se uma especialista me disse isso, na minha cabeça eu tinha isso”, fala ressaltando que pouco tempo depois foi descoberto que a doença poderia ser nódulos calcificante nos pulmões.
Durante a entrevista, Elisângela se contradiz e disse que pediu dinheiro apenas para pagar o aluguel que está atrasado. “Uma pessoa chamada Michele Cruz, foi á minha casa depois de ler a carta, e se prontificou a me ajudar. Eu disse para ela que não precisava de comida, e que somente estava com dificuldades de pagar o aluguel de onde moro”, explica.
Bastante abalada com os comentários negativos que surgiram nas redes sociais de que ela estaria forjando uma doença para conseguir dinheiro, Elisangela disse que a única coisa que deseja neste momento é “paz e tranquilidade”. Ela afirma que sua vontade é que o marido saia da prisão e que possa viver com sua família.
O marido de Elisângela foi preso por violência doméstica, depois de agredi-la. Mas ela garante que não chamou a polícia. “Os policiais foram à minha casa, pois alguém deve ter chamado. Isso porque o filho estava apavorado e gritava muito durante a discussão do casal”, explica ressaltando que a briga foi porque ela descobriu a traição do marido e que sentia muito ciúmes.
Depois que os comentários e ataques começaram, ela procurou sua assistente social e pediu ajuda. O primeiro conselho foi para que a brasileira cancelasse a sua conta no Facebook. “Meu Deus, vocês podem ver o vídeo que gravaram em minha casa. Em momento alguém eu pedi dinheiro ou disse que tinha câncer”, rebate as acusações de que foi ela quem forjou a história.
O Brazilian Times publicou que Elisângela tentou vender uma loja no ano de 2012. Ela confirmou a história e disse que foi proprietária, com o seu cunhado, de uma loja chamada “Brazilian Express”, na cidade de Stoughton (Massachusetts). Eu consegui vendê-la para um português. Qual o erro em querer vender o que é meu”, indaga.
Ao final da entrevista, ela respondeu a pergunta “por que todos começaram a atacá-la?” Elisângela disse que sabe quem pode estar fazendo isso, mas não quis citar nomes. Ela afirma que as pessoas por trás disso querem apenas destruí-la. “Deus sabe quem é, e Ele se encarregará de cobrar. Quero apenas paz”, conclui.
Fonte: Da Redação do Brazilian Timers | Texto de Luciano Sodré