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Publicado em 30/03/2015 as 12:00am

Brasileiros agradecem apoio do BT para receber salário

Patroa se negava pagar pelo serviço prestado e o casal buscou ajuda junto ao jornal

O casal Gleyde Anne e Vitor Keller denunciou, no início de janeiro deste ano, que trabalhou para uma pessoa e não recebeu pelos serviços prestados. Após a denúncia publicada no jornal Brazilian Times, o Centro do Imigrante Brasileiro (CIB) abraçou a causa e ajudou no processo do recebimento.

Apesar de fazer mais de um mês que o problema foi solucionado, os dois procuraram novamente a redação para agradecer o apoio de todos os envolvidos e ressaltaram que “as pessoas que se sentem exploradas por seus patrões, não devem temer denunciá-los”.

Gleyde ressalta que foram as pressões e o medo da mídia que fizeram com que a dona da companhia lhe pagasse. Ela conta que, no começou, a devedora desdenhava das leis que protegem o trabalhador em Massachusetts, independente do seu status imigratório. “Mas depois ela percebeu que nós estamos protegidos e temos os nossos direitos”, continua.

Ela fala que pouco depois das denúncias, recebeu uma ligação de que os cheques estavam prontos e que o casal poderia ir buscá-lo. “Pegamos e só ficamos aliviados quando trocamos no banco”, afirma ressaltando que “nunca sinta medo de denunciar”.


ENTENDA O CASO

A capixaba Gleyde Anne e seu esposo Vitor Keller entraram para a lista dos brasileiros que são vítimas de uma atividade que ganhou o apelido de “trabalho escravo”. Os dois receberam a indicação de uma mulher estaria precisando de pessoas para trabalhar. Eles ligaram para a pessoa, proprietária de uma empresa de limpeza de casas e carpetes.

A mulher que atendeu, identificou-se por Miriam, e combinou com o casal de pagar US$10.00 por hora, o qual teria que lavar três apartamentos no Cityview Residential, em Boston, que estavam vazios. “Eu e meu marido passamos o dia todo limpando, começamos às 8 horas e concluímos o serviço às 18 horas”, fala ressaltando que após o término do trabalho, a contratante disse aos dois que não os pagaria porque eles não tinham Social Security.

Mas Gelyde afirmou que a contratante não exigiu o documento no ato em que firmou o contrato. “Ela sabe que muitas pessoas aqui não têm este documento e deveria ter nos perguntado antes e não ter-nos feito de escravos”, se revolta. “O valor horas trabalhadas ficou em US$100.00 para cada um. Não é muito, mas para quem chegou aqui ontem e precisa se firmar no mercado, isso é muito sim”, continua.

Gleyde tinha chegado aos Estados Unidos há pouco mais de dois meses e seu marido há uma semana. Ela relatou que depois do ocorrido, tentou conversar com a tal Mirian, mas não teve acordo. “Ela me xingou e disse que não pagaria porque eu não tenho o tal documento”, fala ressaltando que ela não responde às mensagens enviadas por telefone e no Facebook.

Fonte: Da Redação do Brazilian Times | Texto de Luciano Sodré

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