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Publicado em 12/06/2015 as 12:00am

Polêmica sobre transexual na cruz na Parada Gay invade as redes sociais

Brazilian Times pergunta: o que você acha da transexual ter desfilado pregada na cruz na Parada Gay?

Brazilian Times pergunta: o que você acha da transexual ter desfilado pregada na cruz na Parada Gay?

Brazilian Times pergunta: o que você acha da transexual ter desfilado pregada na cruz na Parada Gay?

Brazilian Times pergunta: o que você acha da transexual ter desfilado pregada na cruz na Parada Gay?

Fabiano Ferreira

Desde o último domingo, dia 7 de junho, uma polêmica toma conta das redes sociais: a imagem de uma transexual pregada a uma cruz, que desfilou durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. A modelo transex Viviany Beleboni participou do evento simulando estar pregada a uma cruz, seminua, com uma coroa de espinhos e ensangüentada, com uma placa e os dizeres “Basta Homofobia GLBT”.

Logo após a divulgação da imagem por sites de notícias e blogs, uma avalanche de opiniões começou a circular na rede mundial de computadores. Pessoas contra, outras a favor, muitas opiniões de religiosos e até xingamentos e ameaças. Neste semana, o assunto girou em torno se foi correto ou não o uso de uma imagem religiosa tão forte, que é a crucificação de Jesus Cristo.  

Até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em São Paulo divulgou nota com posicionamento contrário ao uso de símbolos religiosos em eventos como a parada gay.

O deputado Marcos Feliciano, conhecido por fazer críticas aos gays, chegou a gravar um vídeo para explicitar sua opinião. Por sua vez, o deputado Jean Willys, que defende os gays no Congresso, também argumentou relembrando outras ocasiões que utilizam a imagem de Jesus na cruz para fins diversos. .

Com tamanha repercussão, o Brazilian Times ouviu a opinião de alguns brasileiros que moram nos Estados Unidos, jovens que são conectados às redes sociais e acompanharam as discussões sobre a polêmica.

Leia as opiniões:

“Acho que foi uma resposta exacerbada e inconseqüente ao comportamento religioso intolerante. O Brasil enquanto um estado laico não deveria sofrer intervenções de cunho religioso em sua legislação, apesar de que o sentimento popular independe de leis. A ação da transexual foi uma tentativa de chamar a atenção de forma agressiva devido à repercussão da propaganda do Boticário. Resumindo: foi um ato de intolerância religiosa diante da intolerância sexual”. Diego Soares, 28 anos, de Belo Horizonte, mora há 1 ano e 7 meses nos EUA

 “Acho que houve erros dos dois lados. Mas acima de tudo deve haver respeito à liberdade de expressão. Penso que o ato da transexual desfilar na cruz não era para insultar, pois é uma maneira de mostrar que muitas vezes os gays são crucificados pela religião. Mas, os religiosos enxergaram como insulto. Quando o assunto é religião temos de ter cautela. Se quisessem chamar a atenção não poderiam usar algo que remete à extrema dor, que foi a crucificação. Agora, a bancada evangélica na Câmera quer tornar crime esse tipo de manifestação.”  Lorene Cristina, 23 anos, de Goiânia (GO), há 4 meses em Malden

 "Particularmente não concordo com a forma que eles usaram para protestar. Depende muito da interpretação. Na mente de muitos, o foco era agredir a fé dos católicos e evangélicos, mas outros entenderam que estavam querendo apenas mostrar através da arte que estão diariamente sendo crucificados pela sociedade. Jesus foi rejeitado pela maioria e seu próprio povo o crucificou. Mas achei que eles passaram do limite para adquirir o respeito e acabaram perdendo qualquer respeito existente ao atacar a fé de milhares de pessoas”. Nikolas Ribeiro, 23 anos, de Belo Horizonte, mora há 12 anos nos EUA

“Uma coisa é 0o respeito aos indivíduos e aos seus direitos instituídos em uma sociedade. Outra, completamente diferente, é o respeito a uma ideia e aos seus símbolos. Algumas manifestações que temos visto, de forma completamente distorcida, a meu ver não estão exigindo respeito a sua condição de ser humano e o seu direito à individualidade e sim atacando uns aos outros. A palavra fundamental é respeito! Se cada um cuidasse apenas da sua vida e de seu caminho não seríamos obrigados a assistir diariamente fatos tão degradantes. Thassia Robetti, 28 anos, morava em Florianopolis, 2 meses em Boston

 “Não consigo compreender o motivo pelo qual esta encenação chocou a tantos, pois se a transexual se justifica alegando que o seu único intuito era protestar, ponto final. Por que e para quê essa repercussão exagerada, visto que isso não impactará absolutamente em nada a vida de ninguém? A acusam, a julgam, a condenam. Está na hora de parar de brincar de ser Deus e desempenhar o papel que nos pertence como criatura, que é respeitar e amar o próximo e deixar com que o julgamento do certo ou errado seja realizado pelo Criador”.  Tiago Monteiro, 25 anos, de Campinas, mora há 6 meses em Boston

Fonte: Brazilian Times

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