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Publicado em 8/07/2015 as 12:00am

DFRF é acusada de ser pirâmide financeira

Segundo as autoridades dos EUA, o dono da empresa, o brasileiro Daniel Fernandes movimentou mais de US$ 15 mi

Da redação

O brasileiro Daniel Fernandes Rojo Filho está sendo acusado pela SEC (Securities and Exchange Comission), o órgão regulador de mercados financeiros dos Estados Unidos, de praticar pirâmide financeira.

Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide financeira são considerados ilegais em muitos países porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. 

Segundo a SEC, a empresa de Rojo Filho, a DFRF Enterprises, dizia operar mais de 50 minas de ouro no Brasil e na África, mas lucrava somente por meio da adesão de novos membros para investir no projeto.

Foco eram brasileiros e hispânicos

As propostas eram feitas a investidores da comunidade brasileira e hispânica, especialmente na Flórida e em Massachusetts, mas também em outros Estados norte-americanos, segundo a SEC.

O esquema movimentou mais de US$ 15 milhões, de pelo menos 1.400 investidores no esquema de pirâmide. Mais de US$ 6 milhões, segundo a SEC, foram usados por Rojo Filho para comprar carros de luxo, entre outras despesas pessoais.

O empresário, ajudado por auxiliares, começou a oferecer "parcerias" na DFRF no ano passado, em encontros com potenciais investidores, que eram realizados em salas de reunião de hotéis, empresas ou na própria casa dos investidores.

O negócio também era divulgado em vídeos, nos quais o empresário afirmava ter registro na SEC e dizia estar planejando abrir o capital da DFRF, lançando ações na Bolsa.

De junho de 2014 até março de 2015, os investimentos na empresa saltaram de menos de US$ 100 mil para mais de US$ 4 milhões devido à adesão de novos membros ao esquema, segundo a SEC.

Outras seis pessoas também estão sendo processadas por ajudarem o empresário: Wanderley M. Dalman; Gaspar C. Jesus; Eduardo N. Da Silva; Heriberto C. Perez Valdes; Jeffrey A. Feldman; e Romildo Da Cunha.

Acusado fala em 'conspiração'

Neste domingo (5), a empresa publicou uma defesa no site www.clubedosmilionarios.com.br, na qual afirma que "chegou à nossa porta uma conspiração para nos derrubarem".

"Caso toda operação nos Estados Unidos sofra intervenções, não afetará absolutamente em nada nossa performance no mercado mundial", escreve Rojos Filho no texto.

Ele afirma que fará uma reunião nesta sexta-feira (10) com o governo norte-americano, e que, depois disso, pretende tomar medidas "conservadoras" (entre aspas no próprio texto) apenas dentro dos Estados Unidos.

Caso Telexfree

Outro brasileiro foi recentemente acusado formalmente de promover pirâmide financeira nos EUA: Carlos Wanzeler, co-fundador da Telexfree, empresa que vende planos de minutos de telefonia pela internet (VoIP). 

Wanzeler é considerado foragido pela Justiça dos EUA. Ele está no Espírito Santo e, por isso, pode se beneficiar pela Constituição do país, que prevê o impedimento da extradição de brasileiros para o exterior.

Fonte: Brazilian Times

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