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Publicado em 10/07/2015 as 12:00am

Manifestação chamará atenção sobre crianças e adultos desaparecidos

Entre os cartazes estará o de João Rafael Kovalski, garoto que desapareceu há 2 anos e suspeita-se que esteja nos EUA

Fabiano Ferreira 

Uma manifestação marcada para o dia 23 de agosto em Belo Horizonte (MG), na Praça da Liberdade, pretende chamar a atenção sobre um problema cada vez mais recorrente e que faz milhares de famílias sofrerem: o desaparecimento de crianças e adultos. Com o nome “Onde estão nossos filhos? – Abrace esta causa para não abraçar esta dor”, a campanha é promovida por um grupo de voluntários que se sentem sensibilizados com a dor de pais e mães cujos filhos desapareceram.

Entre as dezenas de crianças que terão suas fotos estampadas nas camisetas e cartazes estará João Rafael Kovalski, garoto que desapareceu há 2 anos no Brasil e que há suspeitas de que esteja nos Estados Unidos. Recentemente, o Brazilian Times publicou matéria em que abordou a possibilidade de que ele teria sido encontrado em Linden (NJ), mas não houve confirmação da polícia.

A brasileira Denilda de Oliveira, que mora em Stoughton (MA), é uma das voluntárias que está ajudando na divulgação da campanha. Ela não tem parentes desaparecidos, mas diz que resolveu entrar para a causa em solidariedade às famílias que sofrem com esta situação. Morando há 15 anos nos EUA, ela diz que estará presente na manifestação do dia 23 no Brasil. “Sabemos que uma pessoa que desaparece pode estar em qualquer parte do mundo, principalmente por causa do tráfico de pessoas e de órgãos. Então quanto mais falamos sobre o assunto mais ajudamos na resolução dos casos”, disse.

Denilda conta que entrou para o grupo de voluntários depois que viu as postagens da mineira Priscila Ágatha, também de Belo Horizonte. Priscila já participou de outras manifestações e usa o Facebook para postar fotos de desaparecidos e apoiar as campanhas em busca de crianças e adultos.

Em entrevista ao Brazilian Times, Priscila disse que começou a apoiar a causa porque se colocou no lugar das mães que sofrem diariamente com a falta de seus filhos por não saber pelo menos se estão vivos ou se morreram. “Infelizmente esta ferida social ainda não comoveu o coração das pessoas. Elas ainda não se tocaram do tamanho do problema que nosso País está enfrentando”, disse.

Ela lembra que o caso do garoto João Rafael Kovalski foi o que mais chamou sua atenção e motivou que se tornasse voluntária do movimento.

Cartazes e faixas

A manifestação do dia 23 reunirá pessoas sensibilizadas com a causa dos desaparecidos, além de parentes de vítimas. Segundo Priscila Ágatha, esta será a terceira manifestação em prol dessa causa. A primeira aconteceu há 3 anos na Pampulha. No ano passado houve uma concentração na Praça 7 e exposição do fotos de desaparecidos na rodoviária por uma semana.

Agora, os participantes vão estar com camisetas estampadas com as fotos dos desaparecidos, além de faixas e cartazes. Ela afirmou ao Brazilian Times que emissoras de televisão como a Record já entraram em contato para fazer reportagens sobre a manifestação. “Até agora cerca de 100 pessoas confirmaram, via Facebook, que vão à passeata, mas convidamos mais de 2.500 pessoas”, disse Priscila.

Ela finalizou comentando os dados a respeito dos desaparecimentos no Brasil: 200 mil pessoas desaparecem todos os anos, sendo que 40 mil são crianças.

Fonte: Brazilian Times

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