Publicado em 28/07/2015 as 12:00am
Brasileiros denunciam Total Express Moving
Reclamação é de que caixas enviadas para o Brasil há um ano ainda não foram entregues e empresa dá justificativas diferentes
Um grupo de mais de 50 pessoas procurou a redação do jornal Brazilian Times para denunciar mais um prejuízo causado por uma agência que envia caixas para o Brasil. Segundo as vítimas, os prejuízos somam milhares de dólares. Muitas estão desesperadas, pois perderam não apenas bens materiais, mas registros da família em fotos e vídeos, além de muitos itens de valores sentimentais.
A mineira de Governador Valadares (MG), Márcia Calixto, é uma das pessoas que foram prejudicadas com o desaparecimento das caixas. Ela disse que não sabe mais a quem recorrer, pois os proprietários da Total Express Moving “dão sempre uma desculpa diferente, quando ela cobra uma posição”.
Atualmente, Márcia está morando em Curitiba (Paraná) e disse que perdeu várias caixas. Sua mãe também sofreu o mesmo prejuízo. “Ligo lá e eles sempre me dizem que meus produtos vão chegar e que está tudo parado no porto do Rio de Janeiro à espera de liberação. Mas isso já faz um ano”, se revolta. Ela ressalta que começou cobrar uma posição dos proprietários através da página que a empresa mantinha no Facebook, mas depois de muitas cobranças, a página foi excluída. “Quando eles buscaram as caixas, prometeram que em três meses tudo estaria no meu endereço, mas um ano se passou e até agora nada”, disse.
Ela tentou rastrear as caixas e a última alteração feita no site da Total Express Moving mostra que os produtos chegaram ao porto, mas não saíram de lá. “A proprietária Rose disse que eles estão com um advogado, que está fazendo de tudo para liberar, mas isso já faz três meses”, explica.
Outra que está enfrentando a situação é a mineira Elisangela Freitas, que enviou suas caixas em abril do ano passado e até o momento nenhuma das encomendas chegou ao destino. Ela também é de Governador Valadares, cidade onde deveriam ser entregues as caixas. “Além de mim há outras pessoas que estão sofrendo com o problema”, afirma.
Ela também disse que rastreou as caixas, através do site, e viu que elas estão na alfândega desde junho de 2014. “Já entrei em contato com a empresa várias vezes e na última vez eu disse ao sócio-proprietário, Alisson, que iria para a Corte”, conta, ressaltando que ele disse que as caixas já estavam liberadas, “mas não iria entregá-las porque ela ameaçou procurar a justiça”.
A mineira disse que já não liga mais para a empresa, pois “toda vez escuta uma desculpa diferente”. A última vez que teve contato com os empresários foi em março deste ano. Segundo ela, seu prejuízo não foi tão grande, pois enviou roupas para seus dois filhos que moram no Brasil. “Tudo estava avaliado em torno de US$ 2 mil, mas tenho uma amiga que perdeu muito, pois enviou móveis e eletrodomésticos”, disse.
Freitas acrescenta que uma outra pessoa enviou tudo que comprou durantes anos de trabalho e foi embora para o Brasil esperar. “Foram cerca de 10 caixas que até hoje não chegaram. Coitado, perdeu tudo”, lamenta.
Outras pessoas estão enfrentando o mesmo problema e são histórias parecidas, por isso o Brazilian Times não vai relatar todas aqui.
A reportagem tentou contato com os proprietários, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte: Brazilian Times