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Publicado em 17/08/2015 as 12:00am

Mulheres da Grande Boston usam o futebol para promover integração

Um dos grupos que se encontra toda semana numa quadra em Woburn (MA) é formado por mulheres com idades entre 21 e 35 anos, de cidades da região como Framingham, Revere, Somerville e Malden.

Fabiano Ferreira

Aliviar o estresse, se divertir e promover uma forma diferente de integração. Com esses objetivos, adolescentes e mulheres brasileiras que moram em Massachusetts têm se reunido semanalmente para um esporte que já foi considerado essencialmente masculino: o futebol.

Um dos grupos que se encontra toda semana numa quadra em Woburn (MA) é formado por mulheres com idades entre 21 e 35 anos, de cidades da região como Framingham, Revere, Somerville e Malden. Vindas de diferentes partes do Brasil e com tempo de moradia nos EUA bem variado, elas usam o esporte também como meio de socialização.

De acordo com a líder e fundadora do time, Sara Alves, 25 anos, moradora de Revere (MA), os encontros começaram em 2010 e de tempos em tempos o grupo se renova. “Mesmo tendo trabalhado o dia todo, elas vêm porque gostam e o jogo também acaba sendo um exercício físico”, diz a brasileira, que é de Engenheiro Caldas e está há 8 anos nos Estados Unidos.

Para ter a diversão garantida, elas reservam uma quadra com grama artificial e ao final das partidas dividem o valor do aluguel. Mesmo sendo um momento de diversão, as garotas levam o esporte muito a sério. Tanto que não deixam a desejar em relação ao desempenho dos homens. Fazem entradas fortes, se deslocam com agilidade e, em campo, amigas de times diferentes se tornam verdadeiras adversárias. “Já teve uma menina que chegou a quebrar a perna e outras tiveram lesões mais leves. Isso porque muitas não têm preparo físico, mas mesmo assim querem jogar por paixão ao esporte”, conta Sara.

A paulista Adriana Lafaielle, que mora em Somerville (MA), não perde um jogo e já até levou o marido para assistir a uma partida. “É muito bom ter esse encontro toda semana, pois nos faz muito bem estar juntas”, diz.

No grupo delas tem até jogadora que já foi profissional no Brasil. Thaianne Gomes, 23 anos, de Campinas (SP), e agora moradora de Woburn (MA), jogou nos times femininos do Cruzeiro e do Juventus. “Aqui só jogo por prazer mesmo, mas vejo que as meninas são bem organizadas e levam a sério”, diz.

SUB MATÉRIA

Nas redes virtual e real

Outro grupo de mulheres que gostam de futebol nasceu recentemente, a partir da iniciativa da comerciante Kássia Souza, de Everett (MA). Ela diz que sempre lidou com o público feminino em seus negócios e percebeu que as mulheres geralmente são muito estressadas pela grande carga de trabalho e por cuidar da família. Foi então que resolveu fundar o grupo “Marias Pontocom”, no Facebook, com a intenção de reunir mulheres para se ajudarem nas mais diversas situações.

“Em menos de 10 dias já tínhamos mais de mil seguidoras. Resolvemos começar nossas atividades com o futebol”, conta Kássia, que é de Governador Valadares (MG) e mora nos EUA há 7 anos.

O primeiro jogo aconteceu no início de agosto e reuniu cerca de 30 mulheres em Everett (MA), no Lafayet Park. Elas ficaram tão entusiasmadas com a ideia que fizeram camisetas personalizadas e montaram equipes, com todas as posições do jogo, incluindo reservas.

De acordo com Kássia, as partidas vão continuar e outros esportes e atividades devem ser inclusos nos encontros. “Foi uma experiência muito boa e muitos homens também foram nos assistir. Acredito que nos próximos jogos vamos reunir ainda mais mulheres”, disse.

Fonte: Brazilian Times

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