Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 19/08/2015 as 12:00am

Brasileiro luta contra deportação em Massachusetts

O presidente dos EUA prometeu, no ano passado, que deportaria os imigrantes criminosos e não as famílias. Mas não é isso que vive o brasileiro Edvan Costa

Da redaçao

Diácono de uma igreja de proprietário de uma casa em Stoughton (Massachusetts), casado, pai de uma filha que é cidadão dos Estados Unidos. Sem recordes criminais desde que chegou aos Estados Unidos, ilegalmente, há 17 anos, o brasileiro Edvan Costa está há um mês na prisão de imigração. Ele luta para não ser deportado ao Brasil.

Costa viveu e trabalhou nos Estados Unidos quase metade de sua vida. "Eu estou meio confuso", disse ele em uma recente entrevista no escritório de Imigração em Burlington. "Eu sou um cara limpo, sem problemas que só quer trabalhar", continuou.

Este tipo de história mostram as contradições que cercam as políticas de imigração do presidente Barack Obama. Defensores dos imigrantes dizem que isso alimenta a desconfiança em comunidades como Boston, Somerville, Lawrence e de outras cidades que abrigam comunidades imigrantes significativas.

Em novembro, o Departamento de Segurança Interna lançou novas políticas para priorizar a deportação de imigrantes criminosos, quem atravessou a fronteira recentemente e quem descumprir a lei de alguma forma.

Uma das políticas do presidente - para conceder autorizações de trabalho para os pais de cidadãos americanos e residentes legais e imigrantes mais velhos que chegaram quando eram as crianças - foi temporariamente interrompida por um tribunal federal.

Mas o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, tem insistido que a agência ainda está se concentrando em deportar criminosos e não separar as famílias. Em uma coluna publicada no blog do ICE no mês passado, ele escreveu que os agentes de imigração estão focados em "deportar criminosos condenados”

Nas últimas semanas, o escritório do ICE em Boston, dirigido por Sean Gallagher, rejeitou estadias de deportação para Costa e Carlos Jordan, que chegou de El Salvador quando ainda era um adolescente e hoje é pai de um cidadão dos EUA.

O escritório, que abrange a região de New England, também é responsável pela prisão de Nicolau Oliveira Lima Jr., um cidadão de 26 anos de idade, oriundo de Portugal que chegou legalmente em 2010, mas ultrapassou o tempo de permanência. Ele planejava se casar com sua namorada Rose Anico, uma cidadã dos EUA, em Lawrence.

Os advogados dos homens dizem que ninguém tem antecedentes criminais e todos provavelmente se qualificam para os programas de autorização de trabalho anunciandos por Obama que agora está pendente no tribunal. Lima poderá requerer a residência legal através Anico, se eles foram autorizados a se casar.

Anico disse que Lima já é como um pai para a filha dela que tem 8 anos de idade. "Isso não faz sentido para mim", disse ela.

Os funcionários da imigração dizem que não podem considerar as qualificações de qualquer pessoa para programas de autorização de trabalho de Obama porque um tribunal suspendeu aas medidas.

Mas os advogados dizem o ICE ainda tem a autoridade para anular as deportações de residentes de longa data, como o brasileiro Costa. Detenção dos imigrantes custa mais de US$ 120 por pessoa, por dia, de acordo com dados da agência.

O porta-voz ICE, Shawn Neudauer, disse que Costa é uma prioridade para a deportação, porque tem uma ordem para ele deixar o país datada do dia 1º de janeiro de 2014 e que se encaixa nas regras de quem chegou ilegalmente nos EUA recentemente. Jordan também recebeu uma ordem de deportação definitiva este ano, embora ele não se encontra detido. ICE disse que Lima é uma prioridade, porque ele ficou mais que o tempo autorizado.

Os advogados de imigração, no entanto, dizem que o prazo de janeiro de 2014 foi destinado a quem atravessou a fronteira recentemente e não residentes de longa data como é o caso do Brasileiro.

A agência pediu que moradores de cidades e vilas ajudem os funcionários deportar os imigrantes criminosos, mas mais de 300 comunidades em todo os Estados Unidos - incluindo Boston, Somerville e, na semana passada, Lawrence - limitaram a cooperação policial com ICE após a agência ter como alvo imigrantes com pouca ou nenhum registro penal.

Até o fechamento desta edição, ele Costa ainda estava na prisão do Condado de Suffolk lutando para permanecer nos Estados Unidos.

Fonte: Brazilian Times

Top News