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Publicado em 14/09/2015 as 12:00am

Médico diz que vida de bebê Sofia depende de um milagre

A avaliação é do médico brasileiro Rodrigo Vianna, diretor de transplantes do Jackson Memorial Hospital, onde a menina está internada.

Da redação

A vida da bebê brasileira Sofia Gonçalves de Lacerda, de um ano e nove meses, "depende de um milagre". A avaliação é do médico brasileiro Rodrigo Vianna, diretor de transplantes do Jackson Memorial Hospital, onde a menina está internada. Segundo o especialista, os pulmões dela estão severamente comprometidos e todos os cuidados médicos possíveis foram tomados. "Agora, só resta esperar que ela melhore", disse.

Sofia, que nasceu portadora de uma síndrome rara que afeta o funcionamento de todo o sistema digestório, teve de passar por um transplante multivisceral de cinco órgãos, em 10 de abril, mas se recuperava em casa antes de uma crise obrigar que ela fosse internada novamente.

Ela contraiu um vírus chamado CMV (citomegalovírus), da mesma família do herpesvírus, que causa catapora e vários tipos de herpes. Debilitada, ela enfrentou dificuldades respiratórias e acabou internada na UTI em 8 de agosto, onde segue desde então, e respira por aparelhos.

Segundo Vianna, Sofia conseguiu combater a infecção, mas teve danos muito grandes nos pulmões.

"A infecção até melhorou, mas o estrago foi enorme. Ela só sobreviveu até agora porque aqui temos muito recursos para manter as pessoas vivas", disse o médico, que se descreveu como "triste e frustrado".

Vianna informou ainda que não há mais nada que possa ser feito medicamente para ajudar Sofia. "A esperança é que ela se recupere independente do dano nos pulmões, o que é difícil. Mas o que mais frustra é que o transplante e os órgãos que ela recebeu estão perfeitos", conta.

Luta

O médico afirmou, entretanto, que tanto a família quanto a equipe médica continuarão lutando por Sofia. "Mas é triste porque muitas vezes a gente luta contra o destino, mas o desfecho acaba sendo o mesmo", disse.

A reportagem tentou falar com a mãe de Sofia, Patrícia Lacerda, mas ela não retornou às tentativas de contato. Pelas redes sociais, entretanto, ela tem pedido continuamente para que as pessoas que acompanham o caso façam correntes de orações e acreditem que ela pode vencer essa batalha.

"Seguiremos firmes na fé, não desistiremos. Enquanto Sofia lutar, lutaremos juntos", disse, em uma das postagens.

O caso

Sofia nasceu em 24 de dezembro de 2013 e permaneceu internada no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP). Lá, a menina recebeu atendimento e a família teve a confirmação de que ela era portadora da Síndrome de Berdon, condição rara que compromete o funcionamento do sistema digestório.

Para sobreviver, Sofia necessitava de um transplante multivisceral, que inclui estômago, fígado, pâncreas e intestinos. A família entrou na Justiça alegando que o Brasil não tinha capacidade para realizar os procedimentos e pedindo que a União bancasse todos os custos do tratamento, que deveria ser feito no Jackson Memorial. Só com o transplante, o montante gasto pelo governo foi de US$ 1,2 milhão (R$ 3,7 milhões).

Logo que chegou aos Estados Unidos, Sofia ficou internada. Enquanto esperou o transplante, chegou a viver com os pais por um curto período, mas voltou ao hospital para a realização dos transplantes, que ocorreram em 10 de abril deste ano, quando conseguiu um doador compatível, um norte-americano do Estado da Flórida.

Fonte: Uol.com.br

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