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Publicado em 15/01/2016 as 12:00am

Vítimas das Barragens pedem apoio dos brasileiros nos Estados Unidos

O Grupo Mulher Brasileira tem acompanhado desde novembro a tragédia de Mariana que já se espalha pelo Espírito Santo e agora parece ter chegado a Abrolhos, na Bahia.

As ações em favor das vítimas do arrombamento das barragens da Samarco em Mariana acontecem, mas em ritmo lento. A empresa está dando as cartas e decide para quem dar, quando dar e quanto dar. O MAB, Movimento dos Atingidos pelas Barragens, está organizando a população para que não se contente com reforma das casas perdidas. As vítimas que perderam suas casas têm direito a uma moradia nova. As casas não têm condições de serem reformadas. Nem todas as famílias em Barra Longa receberam o cartão que dá direito a auxílio alimentação e a um salário mínimo. As contas estão se acumulando e as famílias precisam de recursos para garantir sua subsistência.

A declaração é da organizadora do MAB, Sônia Maranhão, durante reunião, via skype, com o Grupo Mulher Brasileira e a organização Grassroots Internacional, na noite do último dia 13. A representante da MAB sugeriu a formação de uma comissão que se reuniria com a consul geral do Brasil em Boston, embaixadora Glivânia Oliveira, para pedir que interceda junto ao governo brasileiro para que haja maior rapidez e eficiência nas ações em favor das vítimas. “A embaixadora pode ser porta-voz destas famílias e repassar para o governo brasileiro a ansiedade e a preocupação das famílias que vivem em Massachusetts e têm parentes na zona atingida”, disse Sonia.

A diretora do Grupo Mulher Brasileira, Heloisa Maria Galvão, por sua vez, disse ser um privilégio para sua organização “poder mediar este encontro e esta reivindicação, mas só faremos isso se houver um pedido da comunidade. Esta luta é de todos. O crime que foi cometido atinge a todos nós e o Grupo é a comunidade. Não podemos tomar uma iniciativa deste porte, sozinhas. Estamos com nossas portas abertas e esperando aqueles que têm família em Minas e em outras áreas atingidas virem nos procurar e manifestar interesse em ajudar nossas conterrâneas lá no Brasil”.

O Grupo Mulher Brasileira tem acompanhado desde novembro a tragédia de Mariana que já se espalha pelo Espírito Santo e agora parece ter chegado a Abrolhos, na Bahia.

Em entrevista ao Grupo Mulher Brasileira, que irá ao ar na íntegra no Estação Mulher, deste sábado dia 17, Thiago Alves, da diretoria do MAB, explicou que “o movimento é popular e busca dar poder as populações. O MAB não representa uma comunidade ou um grupo, o MAB são as pessoas organizadas”. Thiago ressaltou também a importância da “gente reafirmar a todo momento que os atingidos por barragens têm direitos, direito a autonomia e a organização popular, porque muitas vezes, mesmo sem truculência, as empresas negam o direito a organização. Isso é muito importante, reforçar a legitimidade do MAB, que são os atingidos em luta pelos seus direitos. Outra forma de ajudar é divulgando pelas redes sociais e toda forma de comunicação e dizendo ‘este é um movimento legítimo sobre todos os pontos de vista’.

Outra maneira de ajudar, frisou o organizador, é a financeira, porque nós não somos financiados por governos, nós acessamos editais públicos que qualquer organização pode acessar, e isso é muito limitado. “Muito menos acessamos recursos privados de empresas porque isso tiraria nossa liberdade política, então o que garante a autonomia política é também a autonomia financeira, portanto, quando alguém contribui com a organização, também contribui para a nossa autonomia e a autonomia dos atingidos”.

Thiago valorizou o apoio dos brasileiros de Massachusetts e indagou: “Como usamos o esforço dos que estão nos Estados Unidos para mobilizar os que estão no Brasil, principalmente quem está na região do Vale? Como que, a partir daí, a gente anima quem queira participar e divulgar nos Estados Unidos a nossa luta. Isso (essa união) fortalece a gente aí e aqui”.

Para Thiago Alves, “a solidariedade de vocês que estão ai” é crucial, porque a solidariedade não é financeira, a financeira ajuda a gente a viver este dia-a-dia do trabalho, mas é muito importante esta presença, esta solidariedade política, esse companheirismo que vai além fronteira, isso para nós tem muita importância, nessa construção do movimento”.

Quem estiver interessado em trabalhar com o Grupo Mulher Brasileira e a Grassroots Internacional para apoiar as comunidades atingidas pela lama tóxica derramada pelo arrombamento das barragens, deve contatar o GMB, 617-202-5775 e curtir o Facebook do Grupo.

Fonte: braziliantimes.com

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