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Publicado em 22/02/2016 as 12:00am

Brazilian Times apura denúncia de privilégio em organização sem fins lucrativos em Framingham

Após denúncia de moradores de Framingham contra o SMOC, fomos até o local para averiguar os fatos e ouvir o outro lado da historia

Na última semana o jornal Brazilian Times recebeu uma denúncia muito séria de alguns moradores da cidade de Framingham, contra a organização sem fins lucrativos SMOC. Os denunciantes relataram que alguns funcionários estariam privilegiando seus conhecidos na venda de produtos que são doados para a instituição e vendidos no galpão da própria SMOC em Framingham.

Ouvimos a versão do ocorrido pelo lado dos denunciantes (que pediram para não terem suas identidades reveladas) e fomos averiguar a denúncia pessoalmente no galpão da instituição em Framingham.

O Conselho Opportunity Sul Middlesex, SMOC, é uma organização sem fins lucrativos, fundada no ano de 1965 por um grupo local de moradores da comunidade que se reuniram de acordo com os mandatos da Lei de Oportunidade Econômica de 1964 e formaram uma agência anti-pobreza, que desde então fornece um amplo atendimento de cuidados Behavioral Health, desenvolvimento comunitário (econômico, desenvolvimento da força de trabalho, habitação, etc.) serviços em comunidades locais em todo o estado de Massachusetts tendo assim o reconhecimento da sociedade como um local de assistencialismo idôneo. Muitos dos programas fornecem esses serviços para as famílias que estão lidando com uma pessoa com deficiência e adultos individuais que são deficientes. Atualmente atendendo mais de 75 comunidades diferentes. Toda a verba arrecadada com a venda dessas doações do galpão de Framingham, é destinada para suprir os programas assistenciais dos quais o SMOC financia.

Segundo os denunciantes, semanalmente chegam doações no galpão, entre elas: roupas, brinquedos, utensílios para o lar, material de construção e alguns eletroeletrônicos. Assim que essas doações são descarregadas no galpão, alguns itens (de maior valor) estariam sendo separados em uma sala, sem que os mesmos fossem colocados posteriormente para a venda e quando os frequentadores perguntavam o valor daqueles itens, a informação é que os mesmos já estariam vendidos. “Como podem já estarem vendidos, se acabaram de chegar?”, questiona um dos denunciantes. E vai além “Alguém está tendo privilégios para adquirir aqueles produtos. Isso não é correto com os demais frequentadores do local”, afirma.

Ao chegarmos no galpão, 20 minutos antes da sua abertura, na última quinta-feira, dia 18, mesmo com o frio, já havia uma pequena fila de clientes aguardando a abertura do local, entre elas jovens, crianças e adultos. Boa parte eram de brasileiros e hispanos. “Para conseguir coisas boas, tem que chegar cedo”, afirmou Maria Aparecida Oliveira, uma das brasileiras que relata ser frequentadora assídua do local que aguardava na fila. Ao ser questionada se já teve problemas para adquirir algum produto, disse que não, mas que já ouviu reclamações de outros frequentadores. “Eu nunca tive problemas, mas já ouvi conhecidos reclamarem sim”, afirmou.

Pontualmente ao meio-dia o local abriu as portas para o público, que rapidamente correu em direção ao galpão para aproveitarem o máximo os itens disponíveis. Passados nem 5 minutos, já haviam famílias com o carrinho cheio de compras. E essa parece ser a rotina do local nos dias em que abre ao público para as vendas.

Como na denúncia foi citado o nome de uma funcionária brasileira (que seria uma das responsáveis pelo local), fomos em busca dela para saber sua versão sobre a denúncia, mas soubemos que a mesma encontra-se em período de férias. Conversamos então com dois simpáticos voluntários do local que se identificaram como Ronilda e Carlos. Ronilda é voluntária do SMOC faz pouco tempo e disse desconhecer qualquer reclamação de frequentadores. Carlos relatou que o local está aberto para ajudar a comunidade e que tal denúncia não tem fundamento. “O que acontece é que as pessoas não têm paciência para vasculharem tudo que fica à disposição deles nos palites. Aqui tem muita coisa boa, mas não tem espaço para expor tudo. Não existe isso de separar produtos. A ideia é ajudar a comunidade a comprar bons produtos com excelentes preços”, relata.

Ao saber da nossa presença, o Assistant Director do galpão, Sr. Mark se colocou à disposição e negou que haja qualquer situação de privilegio nas vendas.

Um dos denunciantes esteve no local no mesmo dia, cerca de 30 minutos antes do fechamento do local e entrou em contato conosco mais uma vez, relatando que a tal salinha onde costumavam ficar os itens que, aparentemente estavam reservados, estava vazia e que itens de mais utilidades já estavam disponíveis para os frequentadores comprarem.

Você tem uma denúncia? Entre em contato com o Brazilian Times que iremos averiguar.

 

 

 

 

Fonte: Thais Partamian Victorello

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