Publicado em 23/03/2016 as 9:10am
Missionário Divaldo Franco visita Boston (MA)
Mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo, o mesmo foi homenageado pelo Presidente da Assembleia Legislativa de Massachusetts, Sr. Robert Deleo
A Comunidade Brasileira teve a honra de receber no último domingo, 20 de março na BHCC de Boston, a presença do ilustre conferencista e missionário do Espiritismo, Divaldo Pereira Franco, no Bunker Hill College.
Mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo, o mesmo foi homenageado pelo Presidente da Assembleia Legislativa de Massachusetts, Sr. Robert Deleo e pela Deputada Estadual de Somerville, a Sra. Denise Provost, com o documento “Citation” - Citação de Agradecimento pelos mais de 60 anos de trabalho filantrópico dedicado a crianças carentes.
O documento foi entregue pela Presidente do Grupo Espirita Caminho Verdade e Vida - Allan Kardec Espirist Society of Massachusetts, Sra Sra Dirce Pienasola. O evento contou com a abertura feita pelo Vice Presidente do Grupo Espírita, Sr Marcony Almeida e por Gabriela Ferreira (membra do grupo espírita).
Divaldo frequenta Boston a mais de 25 anos e em sua primeira palestra, realizada no Grupo Espírita em Somerville contou com a presença de apenas 10 pessoas, diferente do evento do último domingo que lotou o auditório da faculdade, com a presença de 400 pessoas onde outras 165 ficaram em lista de espera.
Entrevistado pelo Brazilian Times minutos antes do Seminário “Victory over Depression by Divaldo Franco - Spirist Seminar”, ele respondeu às perguntas:
BT: Qual orientação para que o espiritismo seja difundido nos Estados Unidos?
DF: O espiritismo é uma doutrina científica, porque se alicerça na confirmação dos fatos. Tudo aquilo quanto o espiritismo divulga, comprova em laboratório. E isto, para a visão norte americana é muito saudável por causa dos seus vínculos com a ciência. De imediato a filosofia espírita é otimista, ela prega o progresso do divino, da sociedade, o bem estar humano social. Ajuda o indivíduo a superar as suas más inclinações e no que diz respeito a face moral, ela tem consequências religiosas porque procura demonstrar que Deus é a bondade absoluta. Que ele não castiga, e que cada um de nós é responsável pela própria existência. Através das ações, se eu pratico o bem, eu irei colher o bem, se eu pratico o mal, eu ficarei reduzido as consequências negativas que o mal me proporciona. É o aquilo que os indianos chamariam da “Lei do Karma”, mas não é exatamente um karma como alguém que tem que pagar. É uma maneira educativa de disciplinar a prática do bem, errando e corrigindo, e cada dia avançando na direção da plenitude.
BT: Qual deve ser o comportamento do espírita diante da crise que estamos vivendo?
DF: Pacifista, pois toda crise denota a urgência de mudança. A crise é resultado de uma insatisfação de algo que vem sendo realizado de maneira indevida e nós fomos deixando, negligenciando, até que chegou o momento que tem de ser tomada uma decisão. A esse momento chamamos de crise – mudança de um estado para outro. Devemos evitar paixões porque todos aqueles que se envolvem pelas paixões se dividem e tem uma visão ótica perturbadora, desejando que a sua visão se imponha sobre a outra e isto é o pior da crise porque deveríamos trabalhar para que se encontrassem soluções ideais e não que fosse de vitória de partidos ou de indivíduos, mas que neste momento, todos nos uníssemos para que o bem estar geral, acima de designações religiosas, políticas ou econômicas. Então, esta crise inesperada periodicamente o mundo passa por crises, são as transformações que têm sido tecnológicas para melhor.
BT: As crises fazem parte de uma prova de expiação coletiva?
DF: Sem dúvidas, porque através desta expiação os maus se regeneram e os bons se sublimam.
BT: Como deve ser o convívio entre pessoas de diferentes opiniões e posicionamentos que acabam gerando discussões e conflitos?
DF: De maneira pacifista, respeitando o direito que o outro tem de pensar. Nós estimamos a pessoa pelo que a pessoa é, e não pelo que ela pensa. Ela tem o direito de pensar como lhe apraz. Para eu também poder ser respeitado no meu ponto de vista. Então nós discordamos tecnicamente, mas não emocionalmente um do outro.
BT: Como buscar a compaixão, paz interior, qual a orientação do plano espiritual? Manter-se em oração em constante estudo e a plenitude virá?
DF: A prece é o veículo mais notável que existe para pacificar o indivíduo. Toda vez que tivermos em crise, em desafio, em problema, fazer silêncio interior. O silêncio interior já é uma “pré-oração” porque nos credencia a ligarmo-nos a Deus. É neste momento em que nós vamos ligarmo-nos a Deus, logo a divindade responde, apaziguando-nos, dando-nos a percepção de caminhos que nós não notamos. Objetivando pessoas a perceber certas coisas que antes eram não percebíveis. E então a oração acalma. Disse em técnica religiosa: - Fala a criatura ao criador, pela oração. Responde o criador a criatura pela inspiração. Atende o criador, a criatura, através de outra criatura que vai ajudar.
Fonte: Aline Carneiro