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Publicado em 6/04/2016 as 11:30am

Brasileiro usa mais crédito para imóvel em Miami

No braço americano do BB, volume de financiamento imobiliário aumentou 130% entre 2014 e 2015; 70% dos clientes da instituição são brasileiros

Os brasileiros que compraram imóveis na planta em Miami, na Flórida, aproveitando a “pechincha” do mercado imobiliário depois que a maior economia do mundo quase foi à bancarrota, em 2008, agora estão pegando financiamento para quitar a casa no balneário diante do dólar mais caro.

O movimento fez a carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil Américas saltar nos últimos anos, de apenas US$ 8 milhões em 2012, para R$ 136 milhões no fim do ano passado. De 2014 para 2015, o crescimento foi de 130,5%. A estimativa do banco, segundo o presidente Cássio Segura, é fechar este ano em US$ 200 milhões.

Interesse: O BB Américas tem 52 mil clientes, dos quais 70% brasileiros. O perfil da clientela que toma esse tipo de financiamento tem elevado poder aquisitivo. O banco abre, em média, 100 a 120 contas de brasileiros todo mês.

Segura diz que o real mais valorizado até meados de 2015, aliado à redução dos valores dos imóveis no pós-¬crise, contribuiu para o aumento do poder de compra do brasileiro, que aproveitou o momento para investir em ativos em dólar.

O executivo também destaca as características similares de Miami com o Brasil, como o clima, a presença maciça de brasileiros e a onipresença do português. Segundo ele, o primeiro que compra um imóvel em Miami tende a atrair um grupo de amigos e familiares. O Brasil é o maior parceiro comercial estrangeiro da Flórida, com o dobro do valor do segundo colocado, a Colômbia.

A expectativa é que a demanda por empréstimos imobiliários fique aquecida até 2018, prazo em que os imóveis adquiridos no período de 2013 e 2015 vão ser entregues. O padrão americano é permitir que, no máximo, 60% do imóvel seja financiado. Na entrada, é preciso pagar 30%. Outros 20% são pagos na construção. Quando o imóvel está pronto, a metade do valor já foi paga.

Além de comprar uma casa em Miami, os brasileiros também estão financiando imóveis comerciais para ter uma renda em dólar e garantir as despesas de suas casas. A carteira desse tipo de financiamento, segunda maior do banco, subiu de US$ 43 milhões para US$ 67 milhões, de 2014 para 2015.

Uma das opções é adquirir um imóvel que possui contrato de aluguel de grandes redes de fast¬food, farmácia ou supermercados com duração de 10 a 20 anos. O retorno neste caso é de 6% ao ano e o inquilino se responsabiliza pela manutenção do imóvel e pelo pagamento dos impostos. O outro negócio é a aquisição de “strip malls”, centros de compras com 6 a 30 lojas. A rentabilidade, nesse caso, é maior, de 8% e 10% ao ano, mas é preciso contratar uma empresa para fazer a manutenção do imóvel.

O empresário Márcio Kogut, dono de uma consultoria de internet e de um fundo de investimento em startups, em São Paulo, comprou o seu primeiro imóvel em Miami, em 2013, quando um dólar valia R$ 2,40.

Para ter uma renda na moeda americana e custear os gastos com o apartamento, ele alugou o imóvel por um valor que cobre o financiamento, o condomínio e ainda, segundo ele, sobram “uns US$ 50”.

Kogut diz que o apartamento de 140 metros quadrados em Miami custava mais barato que um do mesmo tamanho no Tatuapé, bairro da cidade de São Paulo. “O americano não investe em imóvel, ele aluga. É um excelente investimento, desde que você tenha uma renda em dólar e não seja refém da oscilação do câmbio”, afirma.

Estratégia: Kogut viaja a Miami a negócios seis vezes por ano, mas diz não compensar manter o apartamento fechado durante todo esse tempo. “É melhor ficar em hotel e usar o apartamento para investimento”, diz. Como deu certo, ele comprou, com sócios, outros dois apartamentos, que serão entregues entre 2017 e 2018.

Fonte: braziliantimes.com

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