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Publicado em 9/06/2016 as 12:18pm

Brasileiros promovem ato em Boston contra golpe no Brasil

Em Massachusetts, os ativistas do movimento "Boston Contra o Golpe" criticam a administração do presidente interino Michel Temer e questionam a legitimidade do processo de afastamento de Dilma.

Um grupo de brasileiros promove nessa sexta-feira, 10, às 16 horas, um manifesto em frente ao Consulado do Brasil em Boston, para denunciar o impeachment da presidente Dilma Rousseff como uma manobra política. No mesmo dia, cidades brasileiras e ao redor do mundo realizam atos semelhantes a favor da democracia.

Em Massachusetts, os ativistas do movimento “Boston Contra o Golpe” criticam a administração do presidente interino Michel Temer e questionam a legitimidade do processo de afastamento de Dilma. “Estão usando um instrumento democrático [o impeachment] para dar um golpe contra a democracia”, enfatiza a recifense Monika Walker. “Assim que assumiu como presidente, Temer nomeou sete ministros investigados na Lava Jato. Não dá para falar que esse governo quer combater a corrupção”.

Dos 23 ministros nomeados inicialmente por Temer, três dos mais próximos a ele estavam na condição de investigados ou citados em delações e investigações da Lava Jato: Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima. Nesta terça-feira (7), veio a público o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para prender Jucá -- além de outras lideranças do PMDB.

Desse grupo, agora, restam dois: Henrique e Geddel. O número de ministros investigados ou citados pela Lava Jato, no entanto, pode ser ainda maior na medida em que parte das investigações corre em segredo de Justiça. 

“O impeachment cria a falsa ideia de que vai resolver os problemas do Brasil, mas sabemos que não é assim. O que vemos são oportunistas que se aproveitam de um momento difícil do país para condenar áreas sociais importantes ao retrocesso”, pontua a ativista de Recife.

Impeachment

Segundo o jurista Dalmo Dallari, um dos nomes mais respeitados do meio jurídico brasileiro, não existe fundamento legal para a propositura do impeachment". "As pedaladas não caracterizam o crime de responsabilidade fiscal porque não houve qualquer prejuízo para o erário. As pedaladas configuram um artifício contábil, mas o dinheiro não sai dos cofres públicos, então não ficam caracterizados os crimes de apropriação indébita ou desvio de recursos", diz.

Para Dallari, aceitar o pedido de impeachment era "a única e a última carta na manga" do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), afastado desde o dia 5 de maio pelo Supremo Tribunal Federal a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que em dezembro acusou o deputado de atrapalhar as investigações da Lava Jato, na qual Cunha também é réu e investigado em vários procedimentos.

Movimento

Na ânsia de discutir o momento político do Brasil, Monika criou o “Boston Contra o Golpe” no Facebook  com a intenção de procurar pessoas que pensassem como ela.  “Eu não conseguia me identificar com as discussões de brasileiros nas redes e resolvi lançar um grupo no Facebook para procurar pessoas que tivessem ideias parecidas como eu”, conta.

O grupo, que tem menos de duas semanas e já conta com 107 membros. “A ideia é continuar depois que o processo do impeachment. Queremos dialogar para contribuir com o crescimento do Brasil, afinal não deixamos de ser brasileiros por morar fora do país”, conclui a recifense.

Fonte: Brazilian Times

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