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Publicado em 13/06/2016 as 7:00pm

Exposição da obra do brasileiro Roberto Burle Marx está em NYC

Está em cartaz no The Jewish Museum, em New York, até 18 de setembro, uma exposição dedicada ao arquiteto modernista Roberto Burle Marx.

É a primeira vez que o artista, que nasceu no Rio de Janeiro (1909-1994), terá uma apresentação com uma panorama mais amplo e completo de sua obra. A exposição, que tem curadoria de Jens Hoffmann e Claudia J. Nahson, foi produzida com a colaboração do Sítio Roberto Burle Marx do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SRBM/Iphan).

Considerado um dos mais importantes paisagistas do século XX, Roberto viveu a maior parte da sua vida no Brasil, porém residiu em outros países e suas obras estão espalhadas por diversas cidades no mundo. Miami, Rio de Janeiro, Caracas, Berlim, Recife, Brasília, São Paulo, estes são apenas alguns dos locais nos quais você pode conferir a obra do artista.

Fomos conferir a exposição e o espaço destinado ao artista mostra suas principais obras em uma visão diferenciada.

São 140 obras que exploram a riqueza e amplitude do arquiteto urbanista, as paisagens, pinturas e esculturas criadas por ele podem ser visualizadas pelos visitantes.

Filho de um alemão com uma brasileira, Roberto abraçou o modernismo no início dos anos de 1930, influenciado pelo Movimento Modernista de 1922 que tomou conta do Brasil. Usando o abstrato como seu princípio orientador ele concebeu uma nova forma de expressar a paisagem, utilizando folhagens volumosas e coloridas, criando assim a sua marca na história do paisagismo.

Seguia também os modelos franceses e também defendeu a utilização de plantas nativas, o que lhe rendeu inúmeras incursões por florestas e campos no Brasil em busca de espécies raras.

Ele projetou mais 2000 jardins ao longo de sua carreira, é famoso pelo pavimento de mosaico na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e enquanto Oscar Niemayer estava nos holofotes pela arquitetura de Brasília, Burle Marx assinava diversos jardins da cidade planejada.

O carioca trabalhou também com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa. Estas plantas baixas são os destaques da exposição em NYC.

Sobre os curadores: Jens Hoffmann é vice-diretor de exposições e programas públicos no The Jewish Museum em New York. Ele foi curador de mais de 50 exposições internacionais. A uruguaia Claudia J. Nahson atua há 23 anos no museu e é responsável por diversas exposições de renomados judeus que se destacaram e destacam mundialmente.

The Jewish Museum está localizado na 1109 Fifth Avenue na 92nd Street, em Manhattan, New York City. Consulte os horários e disponibilidade, pois alguns dias da semana a entrada é gratuita.

Fonte: Marisa Abel

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