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Publicado em 29/06/2016 as 4:00pm

Estudante brasileiro de 17 anos desenvolve software que foi destaque na maior feira de ciências do mundo

Jovem uniu robótica e a neurociência para desenvolver projeto que conquistou primeiro lugar em feira no Arizona

Com apenas 17 anos de idade, o jovem brasileiro Luiz Fernando da Silva Borges, nascido em Aquidauana (MS) e estudante do sétimo semestre do Ensino Médio e do curso técnico integrado em informática no Instituto Federal de Aquidauana, é o idealizador do ousado projeto que une robótica com neurociência para que pessoas amputadas possam ter sensações no membro em que perderam, ou seja, ele desenvolveu um método de controle para próteses de antebraço controladas com sinais do coto de amputados transradiais (amputados abaixo da linha do cotovelo) e uma rotina de treinamento para que a sensibilidade tátil fosse recuperada, como se o membro perdido estivesse de volta. “Este novo método permite que os movimentos individuais das juntas sejam decodificados de forma continua, diferentemente do controle rústico que é empregado nas próteses de hoje, que só permite os movimentos como abrir e fechar a mão, por exemplo”, explica Luiz.

O estudante, filho de uma professora do ensino fundamental e de um bombeiro socorrista, conta que desde criança se interessava por programas educativos, como os da TV Escola e Canal Futura, que mostravam experimentos que podiam ser feitos com materiais de cozinha. “Meu melhor presente de natal foi um kit de química que eu não soltava o dia inteiro e fiquei muito triste quando acabou. Sempre desmontava meus brinquedos, que em sua maioria eram robôs, para tentar descobrir como funcionavam e até mesmo montar novas versões deles. Acho que nunca superei a fase dos ‘por quês’”, afirma Luiz.

Inspirado pelas pesquisas do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, a quem ele acompanha desde 2013, ele percebeu que alguns dos conceitos de controle computacional das interfaces cérebro-máquina, poderiam ser aplicadas para o controle de próteses do braço.

Através deste projeto, Luiz, que sempre estudou em escolas públicas brasileiras, participou pela segunda vez, de um dos mais importantes eventos de ciência do mundo, o Intel ISEF (Internacional Science and Engineering Fair), em português “Feira Internacional de Ciência e Engenharia”, realizado em Phoenix, no Estado do Arizona, sendo o primeiro colocado em sua categoria. Todos os anos o evento recebe cerca de 1.700 estudantes de 75 países, que a cada edição é realizado em uma cidade americana diferente.

O jovem estudante também foi destaque na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) que ocorre anualmente na USP (Universidade de São Paulo), sendo escolhido para representar o Brasil, onde conquistou o 1º lugar na categoria de Engenharia Biomédica, o prêmio Best of Category, no PhillipStreich Memorial Award, que é a participação no London International Youth Science Forum, em Londes, por duas semanas, tendo visitado ainda algumas instituições científicas em Paris e na Suíça e por último, o Laboratório Lincon do MIT, vai batizar uma asteroide com o seu nome. Foi a primeira vez que o Brasil, em vários anos de participação no evento, subiu tão alto no pódio da feira.

Após todas essas conquistas, o objetivo do estudante é ingressar em uma universidade americana e trabalhar com engenharia biomédica e neurociência. “Meu maior sonho é auxiliar o campo muito novo nas interfaces cérebro-máquina que é o das interfaces cérebro-cérebro, com a criação de um novo paradigma que possibilitará uma espécie de “computação compartilhada” de pensamentos e compartilhamentos de habilidades e memorias”, relata.

Fonte: Thais Partamian Victorello

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