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Publicado em 20/07/2016 as 11:00am

Indocumentados com AIDS temem deportação

O status migratório irregular no país é um dos fatores que desencorajam os indocumentados a buscar serviços de saúde

A retórica polêmica sobre imigração adotada pelo candidato presidencial republicano, Donald Trump, pode gerar consequências reais no presente, mesmo que ele não seja eleito em novembro. Durante o debate migratório, também é importante frisar a relação que o medo de viver nas sombras tem com o teste de HIV/AIDS entre imigrantes indocumentados que faz parte do grupo de risco.

Os fatores que influenciam um indivíduo a decidir em se submeter ao teste de HIV e, caso positivo, buscar tratamento são numerosos e complexos. Seria ingênuo acreditar que simplesmente diminuindo a retórica contra os imigrantes faria com todos do grupo de risco buscassem o teste e tratamento. Entretanto, segundo o jornal Brazilian Voice, pesquisas revelaram que o medo decorrente do status migratório irregular pode ser um dos fatores que contribuem e afetam o comportamento dos indocumentados no que diz respeito aos cuidados de saúde.

Um estudo realizado no início de 2016 revelou que, além do status migratório, a barreira do idioma e a discriminação contra homossexuais e transexuais também influencia a resistência na busca pelo teste e tratamento. Por exemplo, uma mulher transexual revelou que “o risco de ser debochada” a impedia de ser testada regularmente. Além disso, o receio de que o HIV possa afetar o status migratório de alguém também é relevante. Esse medo não é sem fundamento, pois até 2010 ser HIV positivo poderia ser usado como razão para proibir que um estrangeiro entrasse nos EUA. Essa proibição vigorou entre 1993 e 2010.

Além disso, um resultado positivo pode ser informado ao Departamento de Saúde municipal e estadual para vigilância e monitoramento. Apesar de necessário, um teste positivo de HIV é geralmente exigido por lei a ser reportado às autoridades de saúde, isso pode se tornar motivo de preocupação entre os indocumentados.

A retórica que alimenta o ressentimento contra os imigrantes não estimula a busca por cuidados de saúde. Entre todo o medo e desconhecimento sobre alguém que teste positivo para o HIV, o temor do status migratório não deveria estar entre eles.

Fonte: braziliantimes.com

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