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Publicado em 20/07/2016 as 2:00pm

Universitários brasileiros são estagiários na NASA

Jovens se inscreveram através do programa Ciências sem Fronteiras e já iniciaram o estágio que terá duração de 10 semanas

Através do programa Ciências Sem Fronteiras (CsF), em agosto do ano passado, dois estudantes do quinto ano de Engenharia da Computação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Flavio Altinier Maximiano da Silva, 24 anos, nascido em Sorocaba (SP), filho do funcionário público Oscar Maximiano e da bancaria Ivani Altinier e Gabriel Militão Vinhas Lopes, 22 anos, nascido em Rio Claro (SP), filho do engenheiro civil Lauro Lopes e da nutricionista Julia Vinhas, se inscreveram para estudar na Universidade de Cornel, em Ithaca, NY. Os jovens contam que conheceram o Programa Ciências sem Fronteiras através de amigos. “O CsF é bem difundido entre os estudantes, conhecemos o programa através de amigos que já haviam participado”, afirma Flavio.

Aprovados para fazerem parte do programa de estágio internacional, promovido em uma das mais conceituadas agências espaciais do mundo: a NASA (National Aeronautics and Space Administration) – no programa NASA International Internship – em entrevista ao Brazilian Times os universitários contam como se deu o processo seletivo, que no Brasil e administrado pela AEB (Agência Espacial Brasileira). “O processo foi dividido em duas fases -- primeiro, a AEB selecionou 15 nomes para enviar à NASA e, na segunda etapa, a agência americana escolheria até cinco desses. Por fim, tivemos a felicidade de sermos aceitos”, relatam.

A aprovação para estagiar na NASA saiu no final do mês de abril. O programa, que tem duração de 10 semanas, teve início no dia 6 de junho e será finalizado no dia 12 de agosto. “Eu trabalho com análise de dados, voltado para segurança em aviação. A NASA recebe constantemente relatórios de incidentes e situações em aviação e estou construindo uma ferramenta para entender como a natureza dos relatórios muda através do tempo, numa tentativa de antecipar e prevenir acidentes”, conta Flavio, já Gabriel atua em um projeto de detecção de terremotos. “Estou num projeto que busca criar um aplicativo sobre terremotos. A ideia é apresentar os terremos na plataforma de visualização do globo terrestre desenvolvida pela NASA, o World Wind. Por enquanto, estou trabalhando com uma teoria de um cientista aqui da NASA, de que eventos que antecedem terremotos podem ser detectados na superfície para prever terremotos. Então estou analisando dados do campo magnético da terra para criar um algoritmo que possa determinar com horas de antecedência se um terremoto vai ocorrer ou não”, explica Gabriel.

Quanto as expectativas, os estudantes são enfáticos. “As expectativas são muito boas, estou motivado e os resultados até agora têm sido bastante promissores”, afirma Flavio, enquanto Gabriel complementa. “Se formos bem-sucedidos, poderemos salvar milhares de vidas em futuros terremotos. ’

Após terminarem o programa de estágio na NASA, os estudantes pretendem retornar ao Brasil para aplicarem os conhecimentos trabalhando com computação. “Em 5 anos me vejo trabalhando numa empresa de computação, mudando a realidade do Brasil através da tecnologia”, finaliza Gabriel.

Fonte: Thais Partamian Victorello

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