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Publicado em 29/08/2016 as 10:00am

ENTREVISTA: Medalha de ouro na Bulgária fala sobre a carreira

A bailarina brasileira, Amanda Gomes, tem apenas 21 anos de idade, e já conquistou o ouro no The Varna International Ballet Competition.

Ela ainda é muito jovem, mas já coleciona muitas medalhas de ouro em sua carreira profissional, inclusive do YAGP, aqui em NYC. Neste mês a talentosa goiana recebeu mais uma e essa conquista aconteceu em Varna, na Bulgária, uma das medalhas mais desejadas pelos profissionais do ballet.

Foram mais de 150 participantes de 36 países disputando na competição que há 20 anos não era conquistada por brasileiros.

Tenho o prazer de acompanhar a carreira da bailarina ao longo dos anos. Desde quando ela passou na seleção para estudar no Bolshoi, em Joinville, até os dias atuais, Amanda sempre traz muita alegria para os brasileiros, além de ser exemplo de determinação, talento, força de vontade regada de muita humildade. Orgulho para família, amigos e fãs.

A brasileira iniciou no balé aos 7 anos de idade, seu sonho de ser bailarina levou toda a família a se mudar para Joinville-SC, Brasil, para estudar ballet no Bolshoi. Após os anos de estudo, ela foi convidada para o Ballet profissional do Bolshoi e em seguida partiu para Rússia, onde trabalha atualmente como bailarina profissional no Tatar State Opera and Ballet Theater ("Ópera de Kazan").

Confira a entrevista que fizemos com a Amanda Gomes exclusivamente para o Brazilian Times.

Como foi a preparação para a competição na Bulgária?

Começamos a nos preparar para o concurso em fevereiro, e desde essa data tivemos que conciliar os ensaios para espetáculos na Ópera de Kazan e os ensaios para o concurso. Não foi fácil, muitas dores, cansaço, mas valeu a pena.

Bailarina precisa de muito foco na hora da apresentação, quando você entra no palco quais são seus pensamentos?

Bailarina precisa sim de muita concentração para poder fazer no palco tudo o que preparou nos ensaios. Mas eu, particularmente, costumo não pensar muito em técnica na hora do espetáculo, e sim aproveitar o momento mágico que é estar no palco.

As escolhas do que vocês vão apresentar são feitas por quem?

As escolhas são feitas pelo participante, mas o repertório de coreografias tem que ser enviado no momento da inscrição para ser analisado e aceito pela organização do concurso.

Os minutos que antecedem o anúncio do resultado é sempre muito tenso. O que passa na sua cabeça nesta hora e na hora que informam que você conquistou ouro?

Eu fico sempre muito ansiosa antes do resultado. Apesar de estar muito feliz com a minha apresentação na final, eu sabia que minhas concorrentes eram muito fortes. Quando anunciaram o Ouro eu não acreditei, chorei. Tudo tinha enfim dado certo, graças a Deus!

Quantas medalhas e troféus você já tem e em quais países e competições?

"Jury award of encouragement" no USA International Ballet Competition 2010 em Jackson-Mississippi; - "Ouro" no Istambul International Ballet Competition 2012; - "Ouro" no YAGP 2013 em Nova Iorque; - "Jury Prize for Artistry", "Prata" e "Bronze" em diferentes categorias no concurso Arabesque 2014 em Perm-Rússia; - "Ouro" no Varna International Ballet Competition 2016.

Você conquistou seu espaço profissional ainda adolescente e agora está no início da juventude. Quais planos daqui pra frente?

Continuar com o meu trabalho na Ópera de Kazan, me dedicando cada vez mais para poder estrear novos balés.

Qual a maior dificuldade morando na Rússia?

A maior dificuldade, além da saudade enorme da minha família, é viver em um país onde os costumes, as pessoas, a culinária são bem diferentes; mas eu gosto muito de Kazan, me adaptei bem na cidade.

Fonte: Marisa Abel

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