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Publicado em 31/08/2016 as 7:00pm

Brasileiros falam sobre processo de Impeachment de Dilma

Brasileiros falam sobre processo de Impeachment de Dilma

Nesta segunda-feira (29), a Presidente afastada Dilma Rousseff apresentou a sua defesa contra o processo de Impeachment que corre contra ela. Em seguida, teve início a parte onde os Senadores a questionavam. Durante todo o dia, aconteceram discussões, embates ideológicos e um jogo de acusações, de ambas as partes.

Nas galerias e na tribuna do plenário também se via a mesma divisão, onde de um lado estavam os convidados da defesa e do outro, os da acusação. Entre eles, jornalistas do Brasil e várias partes do mundo credenciados para fazerem a cobertura.

No exterior, a comunidade brasileira também está dividida e nas redes sociais circula uma onda de ataques verbais e exposições de ideias, na ânsia de defender o seu lado da história. O jornal Brazilian Times conversou com algumas pessoas e abriu oportunidade para que elas expusessem os seus pontos de vista.

O músico Gegê Trindade, natural de Governador Valadares (Minas Gerais), é enfático em chamar os envolvidos na corrupção de "corja e quadrilha". Ele, que mora na cidade de Marlborough (Massachusetts), ressalta que Dilma Rousseff deve ser retirada do cargo, "pois foi provado que ela tem culpa em vários crimes de responsabilidade fiscal".

Gegê acrescenta que é impossível que Dilma desconhecia um esquema de corrupção tão grande como é o da Petrobras. "Era ela quem assinava e aprovava os atos criminosos desta quadrilha", afirma.

Mas para o músico, não adianta tirar Dilma do cargo. Para ele, o problema é maior do que se parece. "Quem colocaremos no lugar, pois também não consigo aceitar o Michel Temer? Se ele ficar, o Lula continuará mandando, pois ele é o chefe da quadrilha", finaliza.

O produtor de eventos, Pedro Pretto, é contra a palavra "golpe" e afirma que todo o processo está acontecendo de forma legítima, analisada e discutida por membros do Supremo Tribunal Federal. "Falar que algo está errado é afirmar que todos os juízes fazem parte de uma quadrilha, mas não acredito que isso esteja acontecendo", disse.

Pedro destaca que o STF decidiu que Dilma incorreu no erro de responsabilidade fiscal e os magistrados devem ter motivo para isso. "As acusações impetradas contra ela são fundamentadas na Constituição do Brasil", fala ressaltando que acredita que Dilma sairá do poder. "Se isso não acontecer, para que serve a Constituição?", indaga.

Natural de São João do Oriente (Minas Gerais), o DJ Kbrini Halls prefere não opinar sobre o assunto e afirma que somente alguém embasado e conhecedor profundo do processo é que pode decidir quem está certo ou errado nesta história. "O que vai acontecer com o futuro do nosso país somente o tempo dirá, mas é certo que quem mais sofre é o povo", ressalta.

O pastor Walter Mourisso, natural de Galiléia (Minas Gerais), disputou as eleições federais anteriores pelo estado mineiro. Ele disse que sentiu na pele a pobreza, falta de cuidados e dificuldades pela qual passa o povo brasileiro. "Enquanto os grandões se embatem num processo e jogo político, o cidadão é esquecido", disse.

Ele disse que sua posição é que realmente algo está errado no Governo Dilma, pois "provas em cima de provas" surgem e incriminam pessoas influentes e próximas à ela. Para o ativista político, Dilma cometeu erros, mente ou foi incompetente em não perceber os bilhões de dólares movimentados pela corrupção orquestrada por membros do seu partido envolvendo uma grande empresa do governo.

O produtor de eventos, Max William, defende que o processo de Impeachment é legal, tanto jurídica como politicamente para afastar um Presidente que não seguiu o que estava previsto na Constituição. “Dilma será afastada definitivamente do seu cargo devido aos crimes fiscais. Porém vale lembrar que o seu governo já está enfraquecido diante até mesmo dos seus próprios integrantes e aliados”, disse.

Para ele, se a Dilma permanecer no cargo seria um grande abismo para a política brasileira. “Não existiria a menor possibilidade de se governar o país, onde há conflitos entre o Executivo e o Legislativo”, continua.

Em relação ao Presidente Interino, Michel Temer, Max afirma que ele não é o “Salvador da Pátria”, porém para se construir uma sociedade é necessário seguir as leis pré-estabelecidas. Nesse caso, para ele, Temer é o sucessor da cadeira presidencial. “Se a população que rejeita o atual presidente interino passasse a cobrar mais de todos os governantes, seria mais produtivo para o desenvolvimento e fortalecimento político do país. O Brasil precisa de uma reforma política urgente. Essa mudança acontecerá apenas através de pressão do povo. Afinal, grande parte dos atuais deputados e senadores eleitos já teve seus nomes envolvidos em escândalos. Eles, mantendo-se no Congresso, apenas legislarão em com a finalidade de benefícios próprios”, conclui.

Fonte: Luciano Sodré

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