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Publicado em 28/11/2016 as 4:00pm

Temendo muro de Trump, centroamericanos correm para a fronteira dos EUA

Temendo muro de Trump, centroamericanos correm para a fronteira dos EUA

Nos meses finais da presidência de Barack Obama o número de pessoas detidas na fronteira dos EUA disparou

Uma onda de imigrantes está rumando em direção à fronteira dos EUA com o México, em decorrência da eleição de Donald Trump à presidência do país, informaram as autoridades centro-americanas. Os traficantes de seres humanos, conhecidos como “coiotes”, estão lucrando com a vitória do presidente eleito republicano e sua promessa de aumentar a segurança na fronteira com o país vizinho.

“Nós estamos preocupados porque presenciamos o aumento do fluxo de imigrantes que deixam o país, que foram motivados pelos coiotes que disseminam rumores de que eles têm que chegar aos Estados Unidos antes que Trump assuma o cargo”, disse Amaria Andréa Matamoros, ministra das relações exteriores de Honduras.

“Os coiotes estão endividando as pessoas e pegando as propriedades delas como pagamento pela jornada”, acrescentou Carlos Raul Morales, ministro das relações exteriores da Guatemala.

Nos meses finais da presidência de Barack Obama o número de pessoas detidas na fronteira dos EUA disparou. Em outubro, 46.195 pessoas foram presas, em contraste com 39.501 em setembro e 37.048 em agosto, informou o secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS), Jeh Johnson.

O índice indica um aumento de 25% ao longo de 3 meses e inclui o número de crianças desacompanhadas e solicitantes de asilo que buscam refúgio nos EUA.

“Eu disse à nossa segurança na fronteira e aos agentes de imigração que devemos atuar mais com o aumento”, disse Johnson.

Os centros de detenção estão tão superlotados que o secretário adquiriu instalações temporárias para acomodar até 500 pessoas que esperam a deportação nas imediações da fronteira do Texas com o México. Aproximadamente, 41 mil imigrantes estão detidos, em contraste com a quantidade regular de 31 mil a 34 mil.

Trump conquistou o eleitorado conservador usando as promessas de que construiria uma cerca ao longo da fronteira com o México, deportaria todos os imigrantes indocumentados e puniria as cidades santuário. Os imigrantes indocumentados, como Fares Revolorio, de 27 anos, da Guatemala, entenderam a mensagem. Ela viajou 2.610 milhas até Tijuana de ônibus para escapar da violência de gangues e agora espera com o marido e 3 filhos para aplicar para o asilo.

“Eles nos disseram que o novo presidente não gosta de imigrantes ilegais, mas nós temos que aproveitar a oportunidade”, disse ela. “Ninguém quer morrer de forma horrível e nós não podemos ficar mais na Guatemala. Os meus filhos estão crescendo com medo”.

Fonte: Brazilian Voice

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