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Publicado em 17/05/2017 as 10:00am

Natalia Freitas: A brasileira que conquistou os estúdios Disney

Natalia Freitas: A brasileira que conquistou os estúdios Disney

Nascida em Belo Horizonte (Minas Gerais) Natalia Freitas perdeu seus pais muito nova, quando tinha apenas 10 anos de idade. Como toda criança ela adorava assistir desenhos, colorir e jogar videogame, e foi com esses passatempos que ela superou essa perda tão precoce. Curiosa, ela queria saber como eram feitos os movimentos dos desenhos animados, foi então que ela se interessou em ir a fundo saber como funcionavam os bastidores das produções.

Estudou no Brasil e mesmo sem condições financeiras, insistiu e conseguiu uma bolsa de estudos na Alemanha para estudar Animação e Efeitos visuais. “Após concluir o curso, também trabalhei para diversos estúdios no país. Sem essa experiência, acredito que eu jamais teria base para chegar em um grande estúdio. Sou muito grata à Alemanha por ter investido em meu talento e ter me recebido tão bem no país”, afirma.

Hoje a brasileira tem um currículo de dar inveja em muitos veteranos, tendo participado de importantes animações, uma das mais recentes foi na produção do longa metragem Moana, da Disney.

Conheça um pouco da trajetória dessa brasileira animadora e artista em 2D/3D que aos poucos, esta conquistando as superproduções mundiais e que bateu um papo com exclusividade com o Brazilian Times.

BT: Como e quando surgiu o seu interesse por ilustração e animação?

Natalia: Sempre gostei de brincar de desenhar, colorir, passar o tempo brincando de massinha, assistindo desenho animado ou jogando videogame. Esse interesse cresceu ainda mais quando eu tinha 10 anos. Foi nessa época que, infelizmente, meus pais faleceram e a vida tomou outro rumo. A arte passou a ser, não somente um passatempo, mas também o que me fortalecia. Eu aprendi e desenvolvi o meu talento sozinha, observando e vendo vídeos. Eu sempre quis fazer aula de pintura e desenho, mas a família não queria investir dinheiro nisso.

BT: Como surgiu a ideia de estudar animação na Escola de Belas Artes na UFMG?

Natalia: Durante a transição infância ­ adolescência, eu passava várias horas assistindo desenho animado ao mesmo tempo em que eu desenhava (até hoje faço isso. Vejo filme/desenho enquanto trabalho). Eu sempre tive curiosidade para saber como aqueles personagens se moviam. Essa fascinação pelos desenhos foi crescendo comigo! Quando entrei para o Ensino Médio, eu já sabia que queria “brincar” de fazer arte a vida inteira! Grande parte da família foi contra a minha escolha e diziam que eu não iria sobreviver de arte. Mas eu “bati o pé”, segui minha vontade. Hoje eu não me arrependo de minha escolha e encorajo a todos a fazerem aquilo que gostam, quando tiverem condições. A vida é muito curta para passar horas do seu dia trabalhando com algo que não lhe agrada!

BT: Sua carreira deslanchou no exterior. No Brasil você chegou a trabalhar em animação?

Natalia: Sim, além de ter dirigido e animado dois curtas-metragens (“Leve Voo”, 2009 e “Cafeka”, 2011) trabalhei também como animadora durante 3 meses no longa-metragem “Até que a Sbornia nos Separe”, baseado nos personagens da peça gaúcha “Tangos e Tragédias”. Além disso, participei de vários comerciais para TV, inclusive o primeiro feito exclusivo para cinema 3D de Belo Horizonte.

BT: Como foi sua trajetória até conseguir uma oportunidade para trabalhar em uma produção da Disney?

Natalia: A trajetória foi longa... Comecei a estudar animação em 2005 e somente em 2015, após bacharelado, pós-graduação em animação e ter trabalhado para vários estúdios e curtas-metragens, eu consegui a vaga. Valeu a pena o esforço e dedicação.

BT: Quanto tempo durou a produção de Moana?

Natalia: Quando eu cheguei no estúdio, o filme já estava sendo criado e pré-produzido há alguns anos. Cheguei durante a produção e fiquei por quase um ano, sendo que nos três primeiros meses tive um treinamento.

BT: Como foi a experiência de trabalhar no processo de criação nos estúdios Disney?

Natalia: Foi mágico! É maravilhoso trabalhar rodeado de pessoas talentosas e que compartilham com você a mesma paixão pela arte! No estúdio, não havia dia ruim. Todos estão sempre bem humorados e eu ia para o trabalho como quem estivesse indo me divertir com os amigos.

BT: Qual conselho você daria para pessoas que assim como você tem algum talento, mas muitas vezes não acreditam que podem conseguir alcançar seus objetivos?

Natalia: Não desistam jamais de fazer aquilo que gostam, mesmo que alguém lhe diga que não terá chances de crescer e que não irá suceder na vida como artista (isso aconteceu comigo). Se você tem um sonho, corra atrás dele, por mais absurdo que pareça ser aos olhos dos outros! Deixe que seus sonhos seja o seu “combustível” para mover a sua vida!

Para conhecer mais sobre o trabalho de Natalia, acessem o site: www.natfreitas.com  e o canal que ela tem no YouTube, criado para ajudar os novos animadores: https://goo.gl/t0kQg9.

Fonte: Brazilian Times

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