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Publicado em 12/07/2017 as 10:00am

Mais uma seguradora de carros é fechada em Massachusetts

O brasileiro Ricardo de Oliveira não contesta a denúncia de irregularidades, mas culpa um ex-funcionário.

Há pouco tempo o jornal Brazilian Times noticiou o fechamento da agência de seguros Rapo and Jepsen Insurance, que agia de maneira errada e prejudicou muitos brasileiros em Massachusetts, que foram orientados por ela a adquirir uma apólice de maneira errônea. Nesta semana, foi a vez de mais uma agência ser fechada, na cidade de Malden.

Trata-se da Patriot Agency, cujo o presidente é o brasileiro Ricardo de Oliveira. Ela teve a sua licença cancelada sob a alegação de que não cumpriu as regras do Commonwealth Automobile Reinsurers (CAR)e da Divisão de Seguros do estado de Massachusetts.

De acordo com as informações, o cancelamento se deve ao fato da agência ter uma série de violações de regras.

Em 5 de janeiro deste ano, a Safety emitiu uma carta ao Patriot detalhando várias áreas da companhia que não estavam em conformidade com as normas e procedimentos do CAR e Safety.

Oliveira não contestou o relatório feito pela auditoria e na audiência que decidiria sobre o pedido de revisão, ele alegou que os erros foram cometidos por um ex-funcionário. O brasileiro também culpou o crescimento rápido da demanda de clientes e sua administração.

No pedido de revisão, Oliveira afirmou que era proprietário de um hotel na Flórida e raramente visitava Massachusetts. Por isso contratou o tal funcionário, em abril de 2016, para gerenciar a agência.

Ainda, no processo de revisão, Oliveira apresentou vários depoimentos de clientes, pesquisas de satisfação, declaração de comissão, entre outros documentos, os quais foram questionados por também não estarem relacionados com o fato da agência Patriot não ter cumprido as regras do CAR da Safety e ainda cobrar taxas ilegais para realizar o serviço.

Outra observação é que Oliveira só denunciou o ex-funcionário depois que a Safety emitiu o aviso de cancelamento da sua licença.

O Brazilian Times conversou com um empresário experiente no ramo de seguros e que atua em Massachusetts desde 1989. Ele, que pediu para não ter o seu nome divulgado, afirma que casos como o da Rapo and Jepsen Insurance e Patriot Agency está acontecendo com frequência no estado.

Ele explicou como funciona o processo: “Vamos supor que um seguro para um automóvel custe US$4 mil. O cliente acha caro e diz que não tem condições de pagar. O vendedor de seguro, malandramente, oferece uma opção que no presente momento é uma ótima saída, mas no futuro trará grandes problemas”.

De acordo com o entrevistado, “o vendedor de seguros propõe ao cliente abrir uma empresa ‘fantasma’ e assim o veículo será registrado como comercial e o custo do seguro cairá quase que pela metade do valor”.

O problema é que uma empresa deve arcar com algumas taxas e compromissos, tais como ter o Work Compasation, Liability e ainda fazer a declaração do imposto de renda separada. “Então, quando acontece um acidente, a seguradora investigará e descobrirá que a empresa a qual o veículo foi registrado não tem nenhum dos documentos citados e terá todo o direito de negar pagar o conserto o veículo ou despesas médicas dos feridos”, afirma.

O empresário acrescentou que muitos clientes nesta situação já o procuraram em busca de ajuda e dispostos a pagar os US$4 mil para sair do problema. “Alguns, nós conseguimos ajudar, mas outros é impossível devido aos meios utilizados”, acrescenta.

A orientação aos brasileiros que pretendem abrir um seguro de automóvel é para que pesquisem, busquem informações sobre a empresa contratada e não caia no jeitinho brasileiro. Muitos vendedores de seguro não têm licença e estão preocupados em se beneficiar primeiro. “Lembre-se, a apólice é que deve ser adequada ao cliente e não o cliente o cliente à apólice”, finaliza.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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