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Publicado em 26/08/2017 as 10:00am

Ativista desabafa: “Precisamos acabar com a exploração”

Indignada a presidente da AME, Lilian Mageski desabafa e relata denúncias de mulheres que trabalham com limpeza.

Nos últimos dias um desabafo emocionado tomou conta das redes sociais. Em um live pelo Facebook a ativista comunitária e fundadora da Associação de Mulheres empreendedoras, a brasileira Lilian Mageski, relatou que recebe inúmeras reclamações de mulheres que trabalham, principalmente na área da limpeza de casas, e que se sentem humilhadas e exploradas com atitudes vindas de suas patroas, na maioria das vezes compatriotas, que tratam mal suas funcionárias. “Tenho recebido muitas reclamações e denúncias de brasileiras sendo exploradas por brasileiras... Essas denúncias vem das pessoas que fazem limpeza de casas. Se eu me calar diante dessas situações eu vou ser negligente”, desabafa Lilian.

Indignada com a realidade que muitas brasileiras passam diariamente em seus locais de trabalho, a ativista comunitária enfatizou no vídeo. “Se nós acharmos que não tem jeito, nós não vamos chegar a lugar nenhum, nunca vamos poder melhorar. É a partir da nossa atitude que vamos poder fazer a diferença na nossa comunidade”. Lilian continua o vídeo relatando que tem patroas que chagam a ser agressivas a ponto de jogar panos na cara de suas funcionárias. “Recebi uma ligação agora há pouco onde me contaram que uma recém-chegada do Brasil trabalha de help e a patroa joga os paninhos na cara dela. Não dá uma luva para a menina limpar as privadas cheias de bactérias. Eu recebo muitas reclamações”, conta.

No desabafo, que tem cerca de 30 minutos, Lilian relembra a época em que chegou aos Estados Unidos, há cerca de 10 anos, e também trabalhou na limpeza de casas. “Eu cheguei aqui nos EUA há dez anos... Eu trabalhei na primeira coisa que apareceu. Eu sou fonoaudióloga, mas chega aqui não tem jeito, a gente passa pela limpeza de casa, que é um trabalho como qualquer outro qualquer”. No decorrer do vídeo a ativista agradece as pessoas que trabalharam com ela, enfatiza a importância de serem criados movimentos de conscientização e se emociona ao falar das denuncias que recebe. “É um absurdo!!! Me desculpem a minha emoção, mas eu estou muito chateada”.

Lilian se compromete a dialogar com ONG’s e com o Consulado Brasileiro para iniciar uma movimento em relação às denúncias de maus tratos sofridos por brasileiras que trabalham com limpeza. “Não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você. Esse é o recado que eu dou para quem está me assistindo”.

O vídeo de Lilian vem de encontro a um momento em que várias denúncias tem sido relatadas nas redes sociais da comunidade brasileira residente nos EUA. Uma piauiense de 36 anos, (que pediu para não ter a identidade revelada), moradora de Acton (Massachusetts), contou à redação do Brazilian Times que desde que chegou em solo americano, há 7 meses, tem sofrido com maus tratos por parte da pessoa que a contratou para ser ajudante na limpeza de casas. “Ela me humilha na frente das outras duas funcionárias dizendo e algumas vezes até gritando, dentro do carro que não faço nada direito. Já pedi para ela então me mostrar como ela quer que eu faça o serviço, e ela me diz que não tem tempo de ficar ensinando ‘recém-chegado’... Eu que limpo todos os banheiros das casas e já fui elogiada pelas donas, mesmo assim ela me fala que eu não sei limpar direito e uma vez até me falou que eu não sirvo para nada. Só não parei de trabalhar com ela porque preciso trabalhar para sustentar meus filhos”, desabafou a brasileira.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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