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Publicado em 27/08/2017 as 12:00pm

GMB realiza mesa redonda com brasileiras que disputam as eleições em Massachusetts

A derrota de Hillary Clinton inspirou Margareth Shepard; fazer campanha de base para Obama...

A derrota de Hillary Clinton inspirou Margareth Shepard; fazer campanha de base para Obama influenciou Priscila Sousa e a falta de participação em Everett fez Stephanie Martins perceber que ela tem um papel importante no processo político da sua cidade como cidadã.

A mesa redonda promovida pelo Grupo Mulher Brasileira com as três brasileiras candidatas nas eleições municipais desse ano, na segunda-feira última, demonstrou o quanto a comunidade amadureceu e a dimensão do papel que as terceira e segunda gerações de brasileiras vão desempenhar no futuro da nossa comunidade de Massachusetts.

A embaixadora Glivânia Oliveira, que facilitou a conversa, ressaltou que “da perspectiva do consulado e do governo brasileiro é gratificante verificar que a comunidade brasileira dá seus passos na direção da representação cívica, da representação política nos Estados Unidos”. Ela citou a importância das três mulheres representarem tempos diferentes da imigração brasileira. “Vocês têm um papel importantíssimo a representar, disse, lembrando que Pablo Maia, um empreendedor, também é candidato a vereador”.

“Não importa se você mora em Everett (ou em Framingham) e pode ou não votar em uma dessas mulheres, o importante é que você participe desse processo histórico’, disse Heloisa Galvão, do GMB que organizou a mesa redonda. Heloisa anunciou no final do evento, que foi transmitido ao vivo pelo Facebook, alcançando mais 700 pessoas, “vamos fazer a parte 2 dessa mesa redonda depois das primárias”. O GMB também quer que as três candidatas e Pablo Maia participem do Festival da Independência do Brasil em Boston, dia 10 de setembro.

Motivos e visões

“Eu quero abrir caminho para outras jovens brasileiras imigrantes”, disse Priscila Sousa, candidata a prefeita de Framingham. “Eu quero que os brasileiros saibam que não existe cargo muito grande que a garra do brasileiro, a garra do imigrante não consegue alcançar”. Priscila confessou que política era um sonho mas ela achava que aconteceria quando fosse mais velha. Mas quando trabalhava na comissão de relações humanas da cidade, ficou bastante frustrada com a falta de representação de certos grupos.

“Se a gente começar a fazer diferença em cada assento, em cada cidade e se a gente tem uma visão que incorpora outros, a gente pode mudar muita coisa”, disse Stephanie Martins, 29, candidata a vereadora por Everett, onde 43% da população nasceu fora do país. “O meu momento aconteceu quando eu visitei a Câmara dos Vereadores e não tinha ninguém assistindo as reuniões. Aquilo me deu uma grande revolta de que decisões estão sendo feitas sem a nossa participação. Então eu falei ‘tenho de ir, ou é eu ou não é ninguém’. Alguém tem de se levantar, abrir a porta, mudar o sistema”.

Já Margareth percebeu a necessidade de haver interlocutores brasileiros nas cidades e em Framingham especificamente, onde mais de 50% dos estudantes imigrantes nas escolas são brasileiros; 50% do orçamento da cidade vai para as escolas, “dai a necessidade de, enquanto comunidade, fazermos a conexão de qual a importância de se discutir o orçamento, o que isso tem a ver com a quantidade de imigrantes”.

“Sou daquela geração que o pai veio (sozinho), morava com 20 homens, não vi meu pai dos 3 meses aos 6 anos, depois dos 6 só o vi de novo aos 12 (anos). Moro aqui nos Estado Unidos há 15, me formei na Framingham High. O interessante é que eu sempre quis ser advogada; eu aprendi com minha mãe que quando a pessoa sabe o seu direito ela tem um outro poder”, comentou Stephanie.

A íntegra da mesa redonda vai ser transmitida neste sábado, dia 26 de agosto, pelo Estação Mulher, o programa do Grupo Mulher Brasileira que vai ar às 11 horas todos os sábados pela 1230 AM.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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