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Publicado em 29/09/2017 as 12:00pm

Brasileiro em NH “espera por milagre” para não deixar os EUA

Ele foi informado pela agência de imigração de que deve sair do país até o dia 1º de outubro.

Brasileiro em NH “espera por milagre” para não deixar os EUA Wellington Rocha e sua família não sabem o que acontecerá no futuro.

A comunidade imigrante no Seacoast está em estado de alerta depois que as mães e os pais que vivem nos Estados Unidos há décadas, com crianças nascidas neste país, receberam informações de que precisam voltar à sua terra natal.

Wellington Rocha disse que se mudou para os Estados Unidos, vindo do Brasil, há 14 anos e é o único provedor da família. Depois de fazer o check-in no escritório do Immigration and Customs Enforcement (ICE) em Manchester (NH), ele recebeu uma notícia diferente do que estava costumado receber. "Agora, negaram a minha estadia e querem que eu vá embora", disse.

Rocha informou que os agentes lhe disseram para sair do país até o dia 1º de outubro. “Eu rezo por um milagre”, disse a esposa dele, Luciana Rocha. “Isso é tudo que nos resta”, continua.

Além do brasileiro, quase 70 imigrantes da Indonésia enfrentam a mesma ameaça. Um casal, Eva e Merdy, disseram que chegaram a Dover (NH) há 17 anos e três dos seus quatro filhos nasceram nos EUA. Os dois relataram que possuem uma casa e pagam seus impostos corretamente. Mesmo assim o ICE ordenou que eles deixassem o país.

“E agora, a questão é se esses pais serão deportados”, disse o senador estadual David Watters (D-Dover). “O que eles vão fazer em relação a seus filhos? Eles os deixam aqui e não poderão mais vê-los por 10 anos, ou eles os levam para um país que não estão acostumados, com um futuro incerto? Esse é o tipo de tragédia familiar que está acontecendo em nossa nação”, acrescenta.

Muitos indonésios chegaram aos Estados Unidos depois que fugiram da perseguição religiosa, mas eles tiveram os pedidos de asilo negados por uma série de razões. A Senadora Jeanne Shaheen (D-NH) disse que está tentando ajudar há anos neste caso.

"O acordo feito com o ICE foi em 2009 e ficou acertado que eles, regularmente, fariam o “check-in” em um escritório da agência de imigração e se eles fizessem isso poderiam obter o Green Card", disse ela. "Eles poderiam trabalhar legalmente".

O porta-voz di ICE, Shawn Neudauer, disse em uma declaração por escrita que a agência está trabalhando caso a caso. "Na época, cada indivíduo teve o seu caso revisado e, exceto qualquer informação depreciativa, foi liberado em uma Ordem de Supervisão", disse o comunicado.

"Você precisava se reportar regularmente aqui e poderia ficar, mas isso foi abolido dentro de uma semana ou duas após a posse do presidente Trump ", disse o advogado de imigração Bill Hahn.

O ICE disse que, nesses casos, as pessoas não estão sendo deportadas. Em vez disso, elas tiveram a chance de usar todas as suas opções legais nos Estados Unidos. Mas a declaração da agência disse que, de acordo com as ordens executivas do presidente, "o ICE deixará de isentar as classes ou categorias de imigrantes de potenciais imposições".

O ICE afirma que prioriza a remoção de pessoas com antecedentes criminais, mas os ativistas disseram que as famílias afetadas não criminosas e nem oferecem perigo para a sociedade.

Fonte: Lucci Luciano

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