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Publicado em 30/10/2017 as 2:00pm

Exportação de ‘saudade’: venda de itens como pão de queijo e pamonha no exterior cresce 71%

Mercado movimentou US$ 50 milhões em 2016, segundo a Apex.

Exportação de ‘saudade’: venda de itens como pão de queijo e pamonha no exterior cresce 71% Toque gourmet. Cristiana Beltrão, da Bazzar, 15% da produção vão para EUA, Europa e Japão. (Edilson Dantas - Agência O Globo)

Um número cada vez maior de empresas vem se especializando em um novo ramo de negócios de exportação: o chamado “mercado da saudade”. De olho nos cerca de três milhões de brasileiros que vivem no exterior, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, empresas produzem itens típicos, como pão de queijo, água de coco e pamonha, e exportam para os principais destinos escolhidos por nossos compatriotas.

De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), esse mercado movimentou US$ 50 milhões em 2016, um salto de 71% ante o ano anterior. E a expectativa é de alta de 10% este ano.

A água de coco é o produto mais procurado e responde por 63% dos volumes exportados. O pão de queijo e o açaí vêm em seguida. Atualmente, a “cesta da saudade” já inclui 53 produtos, da cachaça ao brigadeiro.

— Estados Unidos e Canadá são os destinos mais importantes para essas empresas. E nossas ações para estimular o mercado da saudade agora visam também a apresentar os produtos brasileiros aos não brasileiros no exterior — disse Igor Galvão, responsável pelo projeto na Apex.

A Maricota Alimentos é uma das empresas de produtos regionais que expandiram seus negócios ao exterior. Com uma fábrica em Luz, no interior de Minas Gerais, a empresa exporta mensalmente 50 toneladas de pão de queijo para 17 países, o que representa apenas 5% de sua produção.

— O mercado americano representa 40% de nossas vendas no exterior — diz Ronaldo Evelande de Oliveira, um dos sócios da Maricota, que emprega 500 pessoas e deve faturar R$ 145 milhões este ano.

MOLHOS E DOCES VIA AMAZON

A carioca Bazzar começou a exportar produtos como brigadeiro e molho de moqueca de peixe em 2013, para a França. Cristiana Beltrão, sócia da Bazzar, conta que a empresa se estruturou para sofisticar seus produtos — “um toque gourmet” — e hoje já exporta 15% da produção: são oito toneladas desses itens embarcados por mês.

— Nosso foco sempre foi atender lá fora as pessoas com curiosidade pelos sabores do mundo, mas acabamos sendo muito procurados pelos expatriados. Neste ano, começamos a vender nossos produtos nos Estados Unidos pela Amazon, e já temos depoimentos de brasileiros que mataram a saudade com a nossa comida — diz a empresária, cuja empresa exporta também para Alemanha, Inglaterra e Japão.

A Pamonha Gourmet, com sede em Jambeiro, no interior paulista, nasceu para atender brasileiros lá fora. Humberto Azenha, sócio da empresa, conta que mensalmente embarca cerca de 12 mil unidades de pamonha para dez países, sendo o Canadá o principal comprador.

— Muita gente lá fora sente falta de produtos regionais, e vimos aí um nicho importante para ser explorado. A pamonha é uma dessas comidas que ficam no imaginário dos brasileiros. 

Fonte: Estado

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