LEGAL E ILEGAL: Gêmeos de casal gay têm status de imigração diferente

Uma história que chegou à mídia esta semana está gerando polêmica nos Estados Unidos. Os irmãos gêmeos Aiden e Ethan Dvash-Banks, têm apenas quatro minutos de diferença no nascimento, mas vivem uma realidade completamente diferente. Enquanto o primeiro é cidadão deste país, o segundo é considerado um imigrante indocumentado e, portanto, sujeito a deportação.

Eles foram concebidos em uma barriga de aluguel utilizando o sêmen de um dos pais. O assunto levantou uma discussão sobre os dramas vividos por famílias de imigrantes LGBT, pois mesmo após um ano de legalização do casamento homossexual no país, eles ainda passam por dificuldades.

O casal entrou com uma ação desafiando a política que, segundo eles, discrimina cidadãos homossexuais ao negar cidadania aos filhos de casais gays com base em laços sanguíneos.

De acordo com as informações, Andrew Dvash-Banks e seu marido, Elad, se conheceram numa festa em Tel Aviv há dez anos. Depois, casaram-se no Canadá, quando o casamento gay ainda era ilegal nos EUA. Os gêmeos nasceram no país vizinho em 2016 e, de acordo com a ação, deveriam ter direito à cidadania, uma vez que ambos têm um pai americano. O governo, no entanto, determinou que Ethan, que carrega o DNA de seu pai israelense, não pode ser considerado um cidadão.
“A mensagem é que não há igualdade e que sua família tem menos importância que as outras”, disse Andrew. “Meu filho foi prejudicado pelo governo. Estamos lutando para proteger nossa família”.

O advogado do casal disse que o consulado americano em Toronto os informou de que seria necessário realizar testes de paternidade. Após os testes de DNA provarem quem era o pai de cada um dos bebês, eles receberam o passaporte de Aiden, e uma carta informando que o requerimento de Ethan havia sido negado.

“O Departamento de Estado está tratando casais homossexuais como se eles não fossem casados e está marginalizando seus filhos”, disse Aaron Morris, diretor-executivo da ONG Immigration Equality e advogado do casal. “Retirar a cidadania de uma criança é uma das coisas mais hediondas que o governo pode fazer”.

Fonte: Redação - Brazilian Times