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Publicado em 31/01/2018 as 12:00pm

Justiça bloqueia dinheiro doado para campanha “Ame Jonatas”

Enquanto milhares de pessoas se esforçam para ajudar a conseguir doações, os pais do menino teriam passado o ano-novo em Fernando de Noronha e adquirido um veículo avaliado em R$ 140 mil

Justiça bloqueia dinheiro doado para campanha “Ame Jonatas” Campanha atraiu a atenção até de artistas

O Brazilian Times acompanha a história do pequeno Jonatas Openkoski, que mora em Joinville (Santa Catarina) desde o início de sua luta contra uma doença rara. Assim como este jornal, uma grande parte da comunidade se sensibilizou com a história e abraçou a causa, doando dinheiro e ajudando a divulgar.

Mas no início deste ano uma notícia, também veiculada neste noticioso, entristeceu milhares de pessoas que ajudaram na campanha. O destino dado para o dinheiro arrecadado estava sendo alvo de uma investigação e na semana passada as suspeitas se concretizaram.

Os valores arrecadados na campanha e um veículo avaliado em R$ 140 mil em nome dos pais da criança, foram bloqueados a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC).

O órgão suspeita que o dinheiro coletado por meio de doações estaria sendo utilizado para outros fins, em benefício do pai e da mãe, e pediu a abertura de um inquérito para apurar os fatos.

Os pais negam qualquer tipo de apropriação indevida.

Enquanto isso, todo o dinheiro coletado está em conta judicial, por determinação do juiz Márcio Renê Rocha, da Vara da Infância e Juventude, para ser repassado diretamente para as despesas médicas da criança.

Enquanto isso, quem sofre é o pequeno Jonatas que tem um ano de idade e sofre de Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença degenerativa, grave e sem cura.

No início de 2017, então com seis meses, ele foi internado na UTI do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville, Santa Catarina. Em fevereiro de 2017, os pais começaram uma campanha em um site de arrecadação e no Facebook, por meio do perfil “AME Jonatas”, na tentativa de reunir a quantia necessária para conseguir pagar um tratamento experimental nos Estados Unidos, com base no medicamento “Spinraza”.

Até outubro do ano passado, o montante conseguido pelo casal já teria passado dos R$ 3 milhões, valor utilizado para a primeira parte do tratamento. Depois dessa fase, as outras doses do remédio deverão custar R$ 1,5 milhão por ano.

De acordo com o jornal Gazeta do Povo, o pedido de bloqueio veio após denúncias de que os pais da criança estariam desviando os recursos. Procurados pela 4ª. Promotoria de Justiça de Joinville, os pais participaram de audiência em 31 de outubro de 2017, na qual se prontificaram a prestar contas dos gastos efetuados com o dinheiro arrecadado para Jonatas, mas nunca cumpriram esse acordo.

No início de 2018, novos relatos apontaram que o casal teria passado o ano-novo em Fernando de Noronha e adquirido um veículo de R$ 140 mil. “O fato, salvo melhor juízo, demonstra que não se pode descartar, pelo menos nessa análise inicial, possível utilização de parte das doações para fins distintos daquele almejado: a garantia do direito à saúde de Jonatas”, afirmou a Promotora de Justiça Aline Boschi Moreira.

O juiz da Infância e Juventude da Comarca de Joinville deferiu o pedido feito pelo Ministério público e fez o bloqueio dos bens. A solicitação de investigação foi encaminhada à Delegacia Regional de Polícia de Joinville.

OS PAIS TENTAM EXPLICAR

Pais do menino Jonatas negam que tenham desviado dinheiro da campanha.

No Facebook, os pais do menino dizem estar sofrendo uma perseguição e que a vida de Jonatas corre risco. “Após a primeira dose do medicamento Spinraza nosso guerreiro apresentou muitas melhoras já mexendo os pés e as mãos que algum tempo já não mexia, mais devido a um movimento em redes sociais contra a campanha do Jonatas e denúncias ao MPSC foi pedido o bloqueio preventivo das contas do Jonatas”.

Os pais citam que o menino receberia a segunda dose do remédio no dia 21 de janeiro, caso os bens não tivessem sido bloqueados. O Juízo da Infância e Juventude da Comarca de Joinville garantiu que todos os valores que forem necessários para o tratamento da criança serão repassados mediante prestação de contas.

Em outro post, pais relatam terem sido alvo de ataques, ameaças de morte e xingamentos. “(...) Fizemos uma campanha para fazer o tratamento do nosso filho e estamos fazendo o seu tratamento, ele é acompanhado pelos melhores profissionais seus aparelhos são os melhores, damos muito amor carinho, cuidamos da melhor maneira possível”, escrevem. “Estamos lutando pelo nosso filho e sempre lutaremos, pedimos a gentileza de quem não quer ajudar [que] não atrapalhe com seus comentários maldosos”.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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