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Publicado em 30/03/2018 as 12:00pm

Brasileiro é indicado ao prémio de “Empreendedor Imigrante 2018” em MA

Quando abriu o seu primeiro restaurante há cerca de oito anos, Rodrigo Souza não tinha...

Quando abriu o seu primeiro restaurante há cerca de oito anos, Rodrigo Souza não tinha dinheiro suficiente para encher a caixa registradora. "Eu tive que emprestar 50 dólares para o troco e no final da noite eu devolvi", disse ele em uma entrevista ao jornal Sentinela Enterprise News. "Eu raspei tudo o que tinha. Meu carro foi tomado pelo banco por falta de pagamento. Enfrentei alguns dias ruins para manter esse negócio em andamento."

Mas Souza perseverou e seu negócio é, agora, o bem-sucedido Comeketo Brazilian Steakhouse, um lugar onde ele não precisa mais se preocupar com a caixa registradora vazia.

O trabalho e o sucesso que Souza foram os principais pontos para selecionar o brasileiro como um dos 40 donos de empresas em Massachusetts indicados para ao Prêmio Empreendedor Imigrante de 2018 (Immigrant Entrepreneur Award), promovido pelo Immigrant Learning Center (ILC), em Malden (MA).

Parte do que destacou Souza a ser indicado, de acordo com o porta-voz da ILC, Karen Glover, foi o envolvimento do brasileiro na comunidade. "Ele alimenta 80 moradores de rua em regime de rotatividade por meio do programa “Our Father's Table”, da Igreja local, apoia o Fundo de Petróleo do Prefeito, apoia o evento anual para o Hospital HealthAlliance e muito mais", disse ela.

O empresário Rodrigo Souza.

No entanto, houve um tempo em que Souza foi literalmente incapaz de apoiar tais atos de generosidade. Estimulado pela esperança de seus pais de que ele encontraria sucesso nos Estados Unidos, o brasileiro deixou o Rio de Janeiro em 2001, indo morar com sua prima em Framingham (MA), aos 19 anos de idade. Ele descreve o negócio de restaurantes como “algo que caiu em seu colo” desde que sua prima começou foi empregada em um restaurante local.

"Eu costumava pegá-la todas as noites e sempre que eu ia lá, preenchia uma aplicação", disse ele. "O gerente acabou achando que 'esse garoto está me custando mais dinheiro em aplicações, vou contratá-lo'", fala.

Como ele ainda precisava desenvolver suas habilidades em inglês, o trabalho de Souza era enrolar guardanapos para decoração. Ele logo se formou em “bussing tables” e acabou atendendo clientes. "Naquela época, era uma espécie de sonho americano preparar as mesas", disse ele. "Eu realmente gostei."

Esse sonho logo passou a ter um lugar próprio, o que finalmente fez com que Souza abrisse uma pequena lanchonete na Central Street. "Ele começou apenas com aquela pequena loja, mas continuou adicionando itens e tentando crescer", disse Bibiana De Los Santos, gerente geral e chefe de cozinha do brasileiro. "Ele é um trabalhador tão duro e em tudo o que ele faz coloca seu coração".

O restaurante mudou-se, em 2015, para sua atual localização, em um espaço maior, que emprega cerca de 20 pessoas. Ele se reformulou como uma churrascaria depois de reformas no início deste ano.

Não é fácil conseguir administrar um negócio, muito menos expandi-lo, e Souza se deparou com os obstáculos adicionais tipicamente enfrentados por empreendedores imigrantes. "Embora eu tenha vindo para cá ainda jovem, havia coisas com as quais eu não estava acostumado", disse ele. "Há muita burocracia diferente e a linguagem é uma barreira para qualquer imigrante", disse.

Apesar de suas conquistas, Souza disse que continua a administrar o seu restaurante exatamente como fez quando abriu sem nenhum centavo na caixa registradora.

Como ele explicou, isso tem feito a grande parte do seu sucesso.

"Podemos cair na ilusão de que tudo agora é um mar de rosas, como dizemos em português, mas precisamos manter a força", disse ele. "Precisamos fazer as coisas como se ainda estivéssemos sem dinheiro."

Fonte: Redação - Brazilian Times

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