Publicado em 11/04/2018 as 8:00am
Audiovisual, Música e Inovação num só lugar!
Entre os dias 3 e 8 de abril, o excelente Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, foi o ponto de...
Entre os dias 3 e 8 de abril, o excelente Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, foi o ponto de encontro entre produtores independentes, profissionais de televisão e mídias digitais.
Centenas de pessoas compareceram ao Rio2C e Rio Creative Conference, que focou principalmente em Criatividade para todos esses setores acima, conectando pessoas, desenvolvendo negócios e impulsionando talentos. O momento certo para atualizações e para gerar network.
Ao longo dos últimos anos, o evento se consolidou como o mais importante do setor audiovisual na América Latina e passou a integrar o calendário mundial dos profissionais do segmento.
Mais de 30 mil executivos de mídias digitais, broadcasting e mobile, programadores, publicitários, distribuidores, criadores,
produtores e compradores de conteúdo de mais de 36 países participaram do evento.
O Rio2C passou a fazer parte do Rio Creative Conference, que além do audiovisual, integrou também as disciplinas de música e inovação. Assim, continuaram as atividades direcionadas ao mercado e aos negócios, mas o Rio2C abriu seus portões também para os fãs e público em geral.
O evento aliou diversão e negócios, oferecendo um conteúdo ampliado e diferenciais importantes, como um “line up” de palestrantes de nível global sem paralelo no mercado, networking inigualável e experiências únicas e transformadoras para o público final.
A posição de observância de tendências, do estímulo ao diálogo e a conexão entre opiniões de profissionais de diferentes setores imprimiram na programação a inteligência de uma indústria em ebulição.
Dessa maneira, o Rio2C ampliou o conceito de interatividade, apresentou e representou a evolução de infinitas possibilidades narrativas e de negócios, identificou as tendências de mercado e colocou o Rio de Janeiro como protagonista da Indústria do Entretenimento e como anfitrião do novo, do amanhã.
Alguns Painéis
Foram tantos os painéis apresentados e excelentes momentos de debates, que este enviado especial do Brazilian Times não teria mesmo tempo de cobrir tudo, mas tentarei dar a vocês uma visão macro do evento.
No painel Audiovisual gera Futuro – Ancine em transformação, o Presidente da Ancine apresentou as diretrizes da nova gestão da agência para o mercado do audiovisual brasileiro, fez um balanço das mudanças já adotadas e falou sobre futuras medidas de fomento, capacitação profissional e modernização da infraestrutura através da inovação.
As lideranças regionais brasileiras falaram sobre o cenário atual da produção audiovisual em seus Estados e debateram as oportunidades e desafios das coproduções nacionais e também as parcerias com empresas estrangeiras.
Bruce Miller, “show runner” de The Handmaid’s Tale, deu depoimento abrangente e significativo do seu trabalho a frente do projeto, tendo a roteirista e diretora Rosane Stvartman como entrevistadora. Ele mostrou cenas da próxima temporada, que estreia agora em 27 de abril pelos canais Paramount e Hulu. Eu não conhecia, mas deu aquela vontade de acrescentar a série na minha lista de “Assistir logo”!
O plot de Conto da Aia, o seriado do canal de VOD Hulu (assim traduzido quando do lançamento do livro no Brasil pela Editora Rocco - eu não gosto desse título em português) é o romance distópico de Margaret Atwood, autora canadense de sucesso, que se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América.
A co-produção nacional e internacional, a produção musical, o mundo digital, dos games a realidade virtual, comédia, cultura, direitos humanos, distribuição, direito autoral, documentários, programação, influência, animação, co-working, esporte, empreendedorismo...e muito mais. Tive que respirar fundo para percorrer os salões e me inteirar de todas essas “atrações”.
Os participantes puderam desfrutar de diversos shows musicais, jogar em games populares e outros ainda nem lançados no mercado, trocaram cartões com celebridades da Web e ainda conversaram com a galera do “Porta dos Fundos”.
O assunto continua na próxima edição: SBT, Netflix, Record, Globo, Paramount, Shows Musicais e os Independentes.
Fonte: (Phydias Barbosa, especial para o Brazilian Times)